segunda-feira, dezembro 5

Uma Genese Violenta

Última Parte – O fim do princípio e o princípio do fim

Francia, Sexta-feira, 31 de dezembro de 1999.

Agora.
12:45h

Numa fortaleza segreda, centos de metros em baixo da base do Pic du Canigou, elevação oriental dos Pyrenees, o horrível monstro Chy-maal chegava a casa com um grande troféu:

- A emboscada deu certa. Sabia que alguém poderia ter tentado salvar ao menino.
- Você foi muito previsor, meu amigo...- escutou-se uma voz esquisita, tão tenebrosa como a do monstro, embora o Chy-maal parecesse estar isolado.
-Exatamente, Arumee-ha-san. Na verdade não tinha certeza de que Von Ruler poderia chutar o meu verdadeiro objetivo, mas já uma vez errara subestimando-o. E eu não faço o mesmo erro duas vezes
-Graças a isso, agora ganhamos – disse a voz, ao tempo que tomava forma o ser que falava.
-A sua habilidade de mimetizar-se com o ambiente foi útil demais, Arumee-ha-san.
- E sendo uma habilidade não-natural, Floresta não pôde perceber minha presença. Pelo menos não até que eu a congelei.
- Foi tarde para ela. Eu desviei a atenção dela o sificiente para você atuar. Congelada não pôde deter-nos, embora não seja suficiente para matá-la.
- Você acha mesmo?
- Estou certo de que poderá liberar-se...mas tardará. Quando ela conseguir, será tarde.
- Será, sim. Coitada Floresta-sama! Ha ha ha ha!
- Agora velho amigo, é o meu momento de triunfo. Está pronta a cámara de crescimento apressado?
- Está, sim, Chy-maal!
- Otimo! Prepara-a. Vou começar imediatamente o ritual. Em quinze minutos, quando forem as 13 horas, colocarei a alma do filho de Von Ruler no embrião do clone do Doutor Oliveira. Oito horas depois, emergirá o meu guerreiro mais novo e poderoso. Um guerreiro que Krazykat VonRuler não poderá combater, pois perceberá que carrega a alma do pequeno filho que acaba de perder!
-Prepararei a cámara para que o corpo obtenha grande força, rapidez e violência sem limite.
Chy-maal le Terrible olhava o pequeno embrião e sorria:
- E pensar que agora só é um embrião roubado, o último e único experimento exitoso do Doutor oliveira, depois de 665 ensaios falidos
-Que aprópriado, né ?
- E ainda tem mais! Pensar que emergirá como um menino de 13 anos 8 meses. Quem poderia imaginar que ele será o guerreiro destinado a matar à última defesa dos homens?
- Irônico, né ?
-É, Arumee-ha-san. A alma do filho do maior protetor da humanidade, colocada no corpo clonado dum cientista que só procurava ajutar aos homens, sendo este mesmo embrião o primeiro paso numa nova esperança medica humana, agora será o primeiro paso na destruição da humanidade!
-E finalmente cumpliremos com a escritura...
-Exatamente! O destino milenarista será encontrado nesta vez! Hoje, às treze horas do último dia do milênio darei vida orgânica ao primeiro ser sem alma. Assim, colocarei a alma roubada nele, para que 8 horas depois emergir o guerreiro perfeito, a minha besta, que mandarei para assassinar a VonRuler, e assim, morto ele, na primeira hora do primeiro dia do novo milênio, cumplirei com a escritura, destruindo à humanidade!
-Tudo estará pronto Chy-maal – disse Arumee-ha-san indo embora.
- Sim...a minha própria besta de destruição...o clone do doutor Quadrinhos...com a alma do pequeno Mark...será o meu próprio ...Marquinhos ...dos Quadrinhos...HA HA HA HA HA HA!!!!! HA HA HA HA HA HA!!!!!
E na escuridade daquila fortaleza, um antigo ritual começou.

domingo, dezembro 4

quarta-feira, novembro 30

Uma Genese Violenta

Parte 4 – Encontro com o destino

Há 45 minutos

Alemanha. Sexta-Feira, 31 de dezembro de 1999.

O silêncio foi roto pelo Barão:
- Desculpa, Floresta, eu sei que tu só queres-me ajudar...
- Tudo bem, Krazykat- disse Floresta, abraçando ao Barão.
O Barão quebrou o novo momento de silêncio:
- Senti quando o Mark morreu...mas nunca senti a alma do meu filho deixar este plano da existência.
Floresta respondeu:
- Na verdade eu queria-lhe dizer isso. Não sinto rastos da presença da irmã de Lord Morpheus
- Se nem sequer tu a sentes significa que ela não veio
- Isso não é possivel! Shi deve sempre acompanhar aqueles que entram ao reino dela...
- Isso é verdade, mas se ela não veio e a alma nunca partiu... poderia ser que a alma do meu filho continuasse neste mundo?
-Poderia ser, sim. Mas...
- Poderia ser possivel que Chy-maal tivesse a almazinha?
Floresta asintiu. O Barão continuou pensando:
- Sim, prender um alma...tal ato pode ser feito. Temporalmente um alma pode ficar aprisionada...mas para quê?
Floresta mal podia acreditar que estivesse falando destas coisas. Ela odiava todo tipo de negócios sobre-naturais:
- Um alma não pode ficar aquim para sempre... precisaria um corpo.
- Exatamente! Um corpo! Mas só um corpo sem alma poderia recevê-la sem problemas.
- Os unicos corpos que num pricípio carecem de alma seriam esses horríveis experimentos dos que falávamos no outro dia...
- Os clones...mas ainda ninguém consegue criar um...nesta epoca não...
Uma lembrança fez Floresta tremer o pior. Exclamou:
- Krazykat! Escutei que un geneticista brasileiro disse que estava perto da criação dum clone...mas ninguém acreditou nele
- Se isso fosse verdade... e Chy-maal o soubesse...
- Então talvez ainda possa salvar ao menino!
- Soa absurdo, mas com esse mostro podemos esperar qualquer coisa. Apressa-te Floresta! Tu podes viajar à velocidade da luz! Tu es a única esperança do meu filho! Antes de que o pequeno corpo for corrupto...eu posso deter o proceso por um tempo só...mas deves ir embora!
Mas Floresta já estava na metade da viagem. Ela tinha compreendido a situaçâo. Em segundos já estava do outro lado do mundo, procurando em todos os laboratórios de genética do Brasil. Mas não encontrou o geneticista. Perguntou para uma pequena filifolha que vivia num deles:
- Sim, senhora.Trata-se do doutor Oliveira...mas ele não pôde trabalhar mais aquim. A comunidade cientifica brasileira nâo permitiu os experimentos dele...já tinham suficiente com os problemas causados pelas abelhas africanizadas como para permitir agora o nascimento do primeiro clone aquim.
- E aonde foi o doutor?
- Precisava um pais corrupto e que tivesse uma boa universidade onde fazer os experimentos dele...
Floresta imediatamente soube aonde ir. Segundos mais tarde entrava num laboratório onde estava o horrível mostro, Chy-maal le terrible: - Chère Floresta...prazer de vê-la. Procura alguma coisa, a filha maior da Natureza? – Perguntou de maneira burlona

Floresta não respondeu. Estavam frente a fente. Ela odiava a violência mas sabia que o conflito era inevitável. A vida dum inocente estava em perigo.

sexta-feira, novembro 25

O telefone sem fio


Acho que muito do que diz a Itzia lá embaixo é certo, pois não é um segredo que a vida adulta vem a complicar aquilo que na infância era simples. Antes, eu me lembro, os amigos eram para sempre, o futuro tinha a forma dos meus desejos e todas as pessoas que eu queria continuavam ao meu lado. Era uma época onde eu podia brigar com meu irmão sabendo que ao dia seguinte brincaria com ele como se nada tivesse acontecido, que podia reprobar um exame sabendo que isso não era o fim do mundo, ou fazer o ridículo sem medo nenhum a opinião alheia.

E é que, ser menino, pelo menos para mim, era intuir que o amanhã não importa porque o hoje é para sempre; era ignorar a etiqueta, mesmo nas festas mais elegantes, e me descalçar os sapatos somente porque tinha vontade, era saber que as coisas eram tão simples quanto o fato de que o mundo gira... e issa simplicidade se refletava em tudo o que eu fazia, o que eu pensava, o que eu sentia.

Algum desacordo? Podia-se solucionar com um duelo de jakenpô (você sabe, ese jogo de pedra, papel e tesoura)... Encerrado na casa?, sempre era possível organizar um torneio de esconde-esconde..., mas, se você queria rir –dos outros e de você mesmo– o jogo do telefone sem fio era ideal: para brincar somente se precisava de alguns meninos em fileira, uma frase despropositada e um pouquinho de ludribia para mudar a oração escutada sem que ninguém se desse conta. Por exemplo: alguém cochichava na orelha do seu companheiro:
- O João é um menino bom pra quaese tudo.
- A Martha disse que o João é um menino bom em quase tudo – sussurrava-se para o menino do lado.
- Dizem que o João é um menino bom e... não escutei bem, mas acho que ele diz batatudo – comunicava o terceiro na formação.
E assim seguiam as coisas até que a última criança da fila devia dizer em voz alta a mensagem: “O João é um menino bonde e barrigudo!”, e os risos começavam (perdão João por lembrar isto, esteja onde estiver).

Ontem a gente podia brincar assim, com certa candura e abandono, o que fazia de nossas piores traquinices algo inofensivo e absurdo, mais o tempo nos tem ensinado que cualquer coisa pode ser levada a mal, que todo é um bom pretexto para se sentir ofendido e que o mais importante neste mundo é o amor propio, mesmo à custa dos outros.

Ignoro porque agora as coisas são mais complicadas, por que têm uma pequena semente de perversidade: hoje somos mais facilmente afrontados, aborrecidos, pouco interessados ou fechados en nós mesmos. Hoje pareceria que a gente de alguma maneira sempre está desapontada com alguém, com si mesma ou com a vida... e quando enxergo isto não posso deixar de desejar que as coisas fossem mais simples, como eu lembro eram antes de que o tempo nos arrebatasse o ontem das mãos.

quarta-feira, novembro 23

Uma Genese Violenta

Terceira Parte – Diálogo na escuridade

Há uma hora

Alemanha, Sexta-feira 31 de dezembro de 1999.

A escuridade no dormitório não era problema para Floresta. Via perfeitamente, embora nesta vez desejasse não ter sentidos tão agudos. Mal podia acreditar aquilo que via. ‘Como pode ser ? Minha mãe nunca erra.’ Mas aí estava. ‘Um erro da Natureza? Não pode ser ainda que pareça.’ A unica risposta era ainda mais dificil de aceitar. ‘Uma morte anti-natural? Alguma vez ouvi, mas não o achei possível...acreditava-o uma simples legenda, embora o único ser capaz de algo assim era...’ A voz do Barão cortou os pensamentos dela. ‘Agora compreende?’ A voz dela soou por primeira vez hesitante, com duvida. ‘Compreendo, sim. Mas não o acredito...o corpo do menino está em perfeitas condições! Não tem feridas, nem batidas, nada. Nem sequer percebo substâncias venenosas nele.’ A face do Barão tornou-se ainda mais séria, como se tivesse desejado não ter conferido o resultado que ele já descobrira. ‘Exatamente, cara Floresta. O corpo do meu filho está em ótimas condições. O organismo dele todo está perfeito. Com tudo, ele está morto. Por isso encerrei-me aquim. Era preciso um analise sobrenatural em todos os espectros.’

A incomodidade de Floresta acrecentou-se. Ela sabia como resolver problemas naturais, mas coisas que ultrapassassem as regras dispostas pela mãe dela, ela as odiava. ‘E você já descobriu alguma coisa?’ Von Ruler ficou silente uns instântes. Uma horrível sensação quase não lhe permitia falar. ‘Descobri, sim. Desejava que estivesse errado, mas é a única explicação possível.’A voz dele soava trêmula, vacilante. Por um momento hesitou em falar para ela, mas era preciso. ‘A própria alma dele foi lhe extraída’.

A surpressa e a incredulidade apareceram na face de Floresta. Mal podia acreditar. Porém, por esquisito que soasse, concordou que era a única explição possível para tão raro sucesso. ‘Não acreditava isso possível’. Uma dor grande percebiu-se na voz do Baráo. ‘É, cara Floresta, é. Para alguém suficientemente poderoso e perverso, é possível.’

Agora era o medo o que se apoderava dela, pois essa pequena e simples descripção somente podia pertencer a um só ser e conferiu o que já suspeitara. ‘Esta falando daquele monstro?’. O barão assentiu com um movimento de cabeça ‘Com certeza...Chy-maal le Terrible, o nosso maior nemigo, voltou. E nesta oportunidade ganhou.’

Os maiores temores de Floresta estavam-se tornando verdade. A primeira coisa que pensou foi que iam precisar ajuda. ‘Você quer que faça saber a Lord Markus?’ A súbita risposta do Barão a surprendeu. ‘Quero não. Lord Markus tem outras preocupações.’ Floresta insistiu ‘Mas ele tem grande estima por você. Você mesmo baptizou o menino Mark como homenagem para ele.’ A risposta do Barão gelou-lhe o corpo. ‘A vingança é pessoal. Não me interessa se eu morrer, esse monstro não seguirá existendo’. E por um momento, o silêncio voltou reinar na escura estância do Castelo.

terça-feira, novembro 22

Uma Genese Violenta

Último intermezzo – Há 4 meses

São Paulo, Terça-feira 31 de agosto de 1999.

(Artigo sensacionalista aparecido nesta data na imprensa marrom.)

O ¨DOUTOR QUADRINHOS¨ PERDE A BATALHA

O famoso genetista brasileiro é obrigado a deter os experimentos dele.

O Doutor João Arnulfo (...) Oliveira (...), melhor conhecido pela mídia como ¨Doutor Quadrinhos¨ (devido a um dos sobrenomes dele e pelos fantasiosos experimentos -quase tirados duma revista de quadrinhos- que, segundo ele, fazia para clonar humanos) deixou de trabalhar na Universidade de São Paulo (USP) hoje. ¨A decisão foi tomada conjuntamente por toda a comunidade cientifica brasileira para evitar problemas maiores nos próximos meses¨ disse um representante dessa comunidade, em relação com um novo pronunciamento da Sociedade Brasileira Protetora dos Bons Costumes (SOBRAPROBOCO) indicando que não permitiriam o cientifico seguir com a pesquisa dele, pois temiam a vizinhança do primeiro dia do novo milênio. ¨Dentro da tradição judaico-cristã, é do conhecimento geral que o anticristo será um homem sem alma. Nós acreditamos que um clone pode ser mesmo esse homem. Tínhamos de evitar a aparição dele, sobre tudo estando tão pertos do primeiro de janeiro do ano 2000. Se o Anticristo for aparecer nessa data, estamos certos de que chegaria o fim do mundo¨ falou uma representante da SOBRAPROBOCO numa conferência de imprensa realizada hoje de manhã. Questionado por nosso repórter, o Doutor Oliveira não quis fazer comentários e somente exclamou com raiva: ¨Essas pessoas vivem enganadas. Defendem a religião e nem sequer sabem que o milenarismo é uma heresia! Estão cometendo um grande erro hoje. Estive perto dum logro grande que serviria à humanidade toda. Mal posso acreditar que nos nossos dias, o obscurantismo prevaleça ! ¨. A USP ainda não fez anúncio nenhum , enquanto que o futuro da pesquisa em clonagem deles é incerto.

Notas : palavras em vermelho, podem procurar definição nos comentários

quinta-feira, novembro 17

Uma Genese Violenta

Intermezzo 2 - Há 5 meses

São Paulo, terça-feira 31 de julho de 1999.

Carta da Sociedade Brasileira para a Proteção dos Bons Costumes à comunidade científica.

Nestes dias, parecesse que na luta contra a dessacralização da vida defrontassem-se os cientistas conscientes e os irresponsáveis. Os primeiros exigem respeito ao maior presente de Deus: a vida. Os outros preconizam o uso de embriões humanos nas técnicas de clonagem. Tentam fazer acreditar ao povo que os embriões são apenas ¨ humanos em potencial ¨ embora sejam mesmo seres humanos. A vida começa já na fertilização do óvulo. A Pontifícia Academia para a Vida, criada pelo Vaticano em 1994 e formada por 70 cientistas nomeados pelo Papa ¨não considera moralmente lícita a utilização de embriões humanos vivos para a preparação de células-tronco embrionárias¨.

Se esses argumentos forem insuficientes, os 14 mil membros da Associação Médica Cristã dos Estados Unidos têm a mesma opinião e sinalam que ¨é errado criar vida humana com o propósito de destruí-la¨. Portanto, a comunidade científica deve parar o uso dos embriões humanos nas técnicas de clonagem e não deve permitir os experimentos que alguns cientistas estão fazendo. Se não for assim, a sociedade civil pode levar este caso às autoridades do governo Federal.

quarta-feira, novembro 16

Uma Genese Violenta

Intermezzo 1 - Há 6 meses

São Paulo, Sábado 31 de julho de 1999.

Carta do Doutor João Arnulfo (...) Oliveira (...) à opinião pública.

Embora o que as pessoas geralmente acreditam, a clonagem é basicamente uma técnica de reprodução assexuada (sem a união do óvulo e do espermatozóide) e que origina indivíduos com genoma idêntico ao do organismo provedor do DNA. Infelizmente, a falta de informação e o fato de que a clonagem é ainda uma técnica em aperfeiçoamento, provocam que muitas pessoas vejam com medo este processo. E para o meu pesar, é a sociedade quem impõe limites à ciência. Eu acho que o problema maior é que muitas pessoas não distinguem entre a clonagem reprodutiva e a terapêutica. A primeira tem gerado desde há muito, uma polemica mundial, muito ajudada pela mídia, enquanto que a clonagem terapêutica é simplesmente uma transferência do núcleo duma célula para um óvulo que não o tem. Esta técnica nada mais é um aprimoramento das técnicas hoje existentes para culturas de tecidos que são realizadas há décadas. Usando-a poderíamos potencialmente gerar em laboratório, qualquer tecido que uma pessoa precisasse (por exemplo, de medula). Neste caso, o doador seria a mesma pessoa, evitando a rejeição. Isto vai abrir o caminho para uma nova forma de curar doenças e inúmeras pessoas serão beneficiadas.

No nosso país as pesquisas sobre a clonagem vêm-se desenvolvido aos poucos e se espera clonar uma bezerra para o 2001 (segundo a EMBRAPA) e muito se começa fazer na rama das pesquisas com células-tronco adultas, extraídas do cordão-umbilical de bebês ou da nossa própria medula espinal. Tenho de admitir que as células de maior interesse são aquelas dos embriões. Este é um passo polêmico, mas necessário para continuar com as pesquisas. Estamos falando dum conjunto de células que ainda não podemos chamar de indivíduo. Peço-lhes muita compreensão nisto.

Em resumo, a cultura de tecidos (clonagem terapêutica) é uma prática comum no laboratório, apoiada pela comunidade científica. A diferença com a clonagem reprodutiva é o uso de óvulos, que quando não fecundados são apenas uma célula e que poderiam permitir a produção de qualquer tecido no laboratório. É importante que as pessoas entendam a diferença entre as duas técnicas antes de se posicionarem contra as duas tecnologias. É fundamental que a nossa legislação apóie também essas pesquisas porque elas poderão salvar milhares de vidas.

quinta-feira, novembro 3

O mexicano frente ao dia dos mortos




Cómo é que o mexicano celebra o dia dos mortos? Bom, nos temos a tradição de fazer “ofrendas” onde colocamos coisas típicas como flores de cempazuchitl, doce de abóbora, frutas da temporada, calaveiras de doce (açúcar, chocoate e até amaranto), pão de morto, comida mexicana, e adornos com papel picado. Alem disso, colocam se as coisas favoritas dos mortos (para aos que vão se dar a ofrenda) como cigarros, garrafas com tequila, vinho ou alguma outra bebida, brinquedos, etc.

Outra tradição que temos é fazer “calaveirinhas”, fazer versos engraçados que tenham relação com as pessoas de quem se fala nelas. Estas podem se dedicar a pessoas vivas ou mortas, o importante é que tenham muita creatividade e que digam coisas deles e a relação com a morte.

Também se fazem alguns desenhos de pessoas, caricaturas, mas como se fossem calaveiras. Estes são brincalhões e tentam retratar a pessoalidade delas.

Por essas e outras coisas é que se diz que o mexicano se ri da morte, mais é verdade? Então cómo é que cuando uma pessoa querida morre e tão doloroso para os vivos.

A morte tem sido un tabú na historia da humanidade, nas culturas antigas uma característica de algumas foi o culto a morte, ainda é, a gente faz funerales, asiste ao cemitério, fala como os mortos, reza orações, fala com Deus. Alem disso é todo um mistério, porque até hoje ninguem sabe o qué é a vida depois de morrer.

O mexicano não se ri da morte, isso é só uma tradição que temos e que gostamos de celebrar. A gente ainda não tem cosciência que todos temos que morrer e que quando esse momento chegar, vamos ter que aceitar como só uma coisa natural. As veces se diz que quando alguém morre, nos choramos não só pelo afastamento da pessoa senão porque não sabemos cómo é que será a nossa vida sem ela.

No México jogamos com a morte, rimos com ela e dela, mais só no día dos mortos, pela tradição mais não porque sejamos um povo com uma cultura da morte muito avançada.

Ou, qué é que você acha?

terça-feira, novembro 1

Uma Genese Violenta

Segunda parte

Morte Antinatural

A única luz no dormitório entrava pela grande janela central e iluminava o luxuoso leito onde yazia o corpo do menino. A face dele, o aspecto, o semblante, a apariência toda era duma tranqüilidade imensa. Parecia, de fato, simplesmente dormido. Dificil era acreditar que estivesse morto.

De pé ao lado do leito, Krazykat Von Ruler observava o pequeno corpo. O Barão estava com o rosto sério. Todo ele estava imóvel, absorto, como quando a gente fica sonhando acordada. Ninguém (tal vez nem sequer ele) o tinha visto assim, pois a alegria e o bom humor dele eram legendários. Mesmo que estivesse tão concentrado, percebeu instântaneamente o momento em que deixou de estar só. Falou para a pessoa súbitamente aparecida detrás dele que estava esperando a chegada dela. Foram as primeiras palavras que articulou desde a hora na que sintiu a morte do menino.

Era Floresta. Dela era a habilidade de viajar com a luz e assim tinha podido entrar. Ela respondeu que logo de saber o acontecido, tinha partido rápidamente. Também lhe falou que ainda não o podia acreditar, embora se o mesmo Lord Morpheus lhe tivesse avisado. Perguntou como tinha acontecido.

O Barão relatou a misteriosa forma na que uns esquilos tinham chamado a atenção duns caipiras e como depois de seguir aos animais, aqueles homens tinham encontrado o menino deitado no bosque, perto da lagoa. Comentou com grande tristeza como ao princípio tinham-no achado dormido, porém quando quissessem acordá-lo, tinham percebido que estava frio. Eles tinham-no trazido ao castelo e desde essa hora, ele estava examinando-o. Floresta não compreendeu essa ultima frase. Perguntou para Von Ruler que queria dizer com isso. A única risposta do Barão foi que para compreender, ela simplesmente devia ver o corpo.

A filha maior da Natureza aproximou-se lentamente, com respeito. Sómente a grande afinidade com a mãe dela lhe permitiu conferir aquilo que com os olhos não podia acreditar. Depois de ter sido testemunha da maior parte da história da vida na Terra, a surpresa e a incredulidade eram sensações quase desconhecidas para ela. Porém, nesta vez, a impressão causada por aquilo que estava vendo era tão grande, que mal podia acreditar o que os sentidos sobre-humanos dela percebiam. Aquilo não podia ser, contradizia todas as regras dispostas pela mâe dela. Ainda que desejasse acreditar o contrário, Floresta soube que era verdade. Ao mesmo tempo pensou que ia enfrentar uma situaçâo diferente, perigosa, e que esse enigma encerrava algo mais complexo que um assassinato comum.

segunda-feira, outubro 31

Obrigado!

Muito obrigado pelas nossas caveirinhas. Você é muito talentoso. Acredito que a maneira mais adequada de agradecer você é devolver o favor (ainda que eu não tenha nem a milésima parte do talento de você).

OMAR

A morte precisava
de ter um assistente,
mas por mais que procurava
não o achava entre a gente.

¨Preciso alguém que saiba,
que seja inteligente,
que trabalhe bem, sem raiva,
e que seja diligente¨.

Lendo o Omar estava
estudando muito ciente
mas a morte, impaciente,
veio e já se o levava

¨Você é quem procurava¨
disse a morte lentamente
e fazendo-se presente
carregou-o e falava:

¨Já encontrei o meu assistente:
Culto, sábio e sapiente¨.

E enquanto Omar lhe reclamava,
já também se resignava.

E para os meninos que ficaram sem uma caveirinha, eu fiz uma geral onde estamos incluídos todos. Até logo gente!

TURMA 502
(ou a verdadeira razão pela qual os alunos já não chegam às aulas)

Os meninos desapareciam
para ¨surpressa¨do Arturo.
As tarefas não faziam
embora lhe dissessem ¨eu juro¨.

A turma foi ficando
sem meninos presentes.
A morte ia os levando
sem que fossemos conscientes.

Os mortos lhe perguntavam:
¨Por que você chegou?¨
As razões não faltavam:
¨O Arturo me mandou¨.

¨Segundo a lista dele
os preguiçosos procurou,
como não vão para o Cele
para mim os entregou¨.

A vingança não é boa:
A turma desapareceu,
mas no céu ainda soa
o portunhol que aprendeu.

domingo, outubro 30

Algumas caveirinhas


Oi galera!, eu quis escrever alguma coisa para vocês com pretexto do Dia dos Mortos. Sei que não se acostumam as “caveirinhas” em português, mas, como este blog é para fazer o que a gente quiser com ele, atrever-me-ei.
Gostaria de ter redigido algo para cada um da turma, mais como há alguns companheiros com os quais não tenho conversado ainda, foi impossível saber que escrever sobre eles.
Espero gostem, e se não gostam, espero desculpem o atrevimento de fazer de vocês os protagonistas desta postagem.


Sandra

A morte invejosa da Sandra
pelos caracóis nos cabelos
um dia de céus amarelos
disse-lhe a caveira malandra.

Porque não comparte comigo
a sua cabeleira frisada
e eu, que me chamam de “ossada”
não serei pra você um perigo.

A Sandra responde zangada
por tais atrevimentos:
“vá embora, aos enterramentos
que eu pra você não dou nada!”


Arturo

O Arturo não entendia
o que acontecia no CELE,
eram menos cada dia
os alunos que iam com ele.

O negócio era que a morte,
se levava aos estudantes
e aos que tivessem a sorte
de tropeçar com ela antes.

Um bom dia a caveira,
ao Arturo, ao céu, se o leva,
para que ali, aos alunos,
os obrigue a fazer a tarefa.


Cristina

Um dia a Cristina quis
intervistar ao São-Pedro
que está no céu feliz
numa cadeira de cedro.

A Cristina lhe perguntava
como combater o mal
pois sabê-lo precisava
para escrever no jornal.

O São-Pedro respondiu
que de isso nada sabia
mais que ela podia tentar
do riso fazer terapia.


Carina

A morte tinha dor de cabeça
e procurou uma aspirina
e alí nossa história começa
pois encontrou a Carina.

Porque não deve vir comigo?,
perguntou-lhe a “ossuda”,
mas saiba que terá castigo
se a sua imaginação não lhe ajuda.

Respondeu, mas, coitadinha!,
se foi a tão curta idade,
pois esta vez a Carina
faltou-lhe criatividade.


Enio

A morte seguia opinando
que o Enio fiz uma loucura
quando pela filologia
deixou a arquitetura.

E se o levou pra obriga-lo
a estudar com os geométras
mas lá não desenha planos
pois ele só gosta das letras.


Rodrigo

A morte chegou por Rodrigo
era um dia qualquer
e lhe disse “venha comigo,
mas eu lhe darei a escolher.”

Ao céu ou ao inferno
é que você quer ir?
“Eu em isso não creio,
se o vou a repetir.”

Rodrigo diz sem padecer:
“não acredito nem o Papa
e se você dá a escolher
melhor volto pra Jalapa.”


Salvador

A ossuda buscava e buscava,
e ainda não descobria,
onde é que se ocultava,
o Salvador da Bahia.

Pela Venezuela indagou,
por quase todo um ano,
pois ela nunca escutou,
que ele já é mexicano.


Nancy

A Nancy se foi uma noite
quando nascia a alvorada
pois agora queria a morte
ter uma menina calada.


Emmanuel

No Universum passeava a morte
quando avistou ao Emmanuel,
mas com ele não quis ser cruel
pois a ajudou a achar transporte.

A idéia da morte era errada
e arrependiu-se a ossuda,
pois sozinha estaria a tartaruga,
essa que chamam “Tostada”


Marquinhos

A Morte aborrecida
de ler sempre o mismo
quis buscar uma saída
ao seu habitual pessimismo.

E procurando a novidade
foi assim pelo Marquinhos
quem por toda a eternidade
desenharia-lhe quadrinhos.


Leticia

A Leticia trabalhar desejava
numa afastada embaixada,
a sua carreira queria lhe dar
por fim uma boa puxada.

No céu, com abnegação,
está arreglando assuntos
que têm com a migração
os mexicanos defuntos.


Itzia e Silvia

A morte passou pela Silvia
mais ela não estava sozinha
pois lá ficava com Itzia,
arrumando uma cozinha.

(E diz a morte:)
“De todas suas atividades
as meninas têm tantas conjuntas
que levarei as duas comigo
pra que vocês sigam juntas.”

Discos

Por coisas do destino cairam nas minhas mãos um par de disco, e gostaria cometá-los com vocês.. O primeriro deles é “anoche” dos Babasonicos. Eu gosto muito da música que façem os Babasonicos, acho que são uma das minhas bandas favoritas, a primeira canção que ouvi deles foi “valle de valium” —não me lembro se o título está bem, mas se não vocês disculparam—, mas isso tem muito tempo, agora com esta sua última produção confirmei que gosto muito deles. Não é que este disco seja uma maravilha, não. Acho que tem a mesma linha que o anterior, quase o mesmo som, incluso o acho um pouco cursi, mas com essa cusileria que só eles podem fazer. Alám disso, o disco tem coisas que são bacanas, como o jeito de que as canções estejam encabalgadas, é dizer, que não haja espaços entre cada uma delas, de fato, se vocês põe atenção, ouviram que quase ao final de uma canção já esta empezando a outra, sem que a anterior haja terminado. Este detalhe eu o achei legal. Por que dá a impresão de que o disco todo é uma só canção. O outro disco que ouvi foi o dos Magic numbers, o primeiro que pensei ao escutá-lo foi que se eu achava que o disco dos Babasonicos era cursi tinha que esperar a ouvir este, pois é ainda mais cursi. Mas não por isso deixa de ser interessante, assim que se vocês quiser ouvir um disco que misture música do sul dos Estados Unidos, brit pop e um pouquinho da cursileria do rock dos anos 60’s, acho que esta é uma boa opção. Se alguém de vocês já ouviu um deste discos gostaria que me dissesse se gostaram deles. Se ainda não os tem escutado posso passá-se-os. Acho que estam para escutá-los num dia chuvoso, desses que não queremos sair da nossa casa.
Bom eu tenho que ir embora, tchao.

Uma genese violenta


Primeira parte

O fim da inocência


O majestoso castelo alemão geralmente cheio de movimento, alegria, jogos e risos, agora estava preso numa escuridão lúgubre e num silêncio sepulcral. Os visos alegres dos moradores tinham-se tornado sombrios. Os risos tornaram-se choro. O quadro era acorde com a situação: O filho do dono tinha sido assassinado. Até no pequeno povoado em baixo do morro do castelo, as pessoas ficaram paradas, machucadas. A população mal podia acreditar que o filho do protetor deles, o pequeno Mark Von Ruler, estivesse morto.
- Não pode ser, não! – exclamou a padeira.
- Foi mesmo de manhã que o menino veio e apanhou o bolo com manteiga que sempre comia...
- Eu sei, mulher, eu sei...- disse o marido dela.
- E o nosso senhor ? O que fará o Barão ?
- Sei lá! Na verdade, ninguém sabe... a ultima coisa que soube é que o Barão Von Ruler encerrou-se no dormitório dele com o corpo do menino. Não quer sair nem falar com ninguém.
- Virgem Maria, que grande pena! Primeiro a senhora dele... e agora o fío...mas porquê? Se ele é tão bondoso...
- Não sei mulher, não sei. E agora...
O padeiro ficou silente, pensativo. O ambiente tornou-se cinzo, o ar frio. A boa mulher sintiu um calafrio. Com receio, quase com medo, perguntou:
- E agora... o que vai acontecer ?
- Minha cara Friedericke. Só posso-te dizer que se alguém pôde assassinar tão facilmente ao filho do nosso poderoso senhor, então eu temo pela vida dele... e pelas vidas de nós todos !
Os sons dum vento gelado acompanharam o pranto de Friedericke.

terça-feira, outubro 25

Oi! Galera, aquí está mivha narraç̃ao espero que gostem dela.

Ontem na noite lembre-me duma personagem que mora nas ruas do bairro Escadón —onde também moro eu—, e quando digo que mora nas ruas ñao é num sentido metafórico, é verdade. Ele tem seu apartamento sobre a calçada, ao menos, isso é o que ele diz. Seu teto s̃ao as estrelas e suas paredes o ar. Ele é feliz nesse lugar, mais quando tem uma garrafa de vinho ou álcool. Assim que sem maior preâmbulo lhes direi o nome desta personagem: “Kaliman” —bom, esse ñao é seu nome, mas é assim como a gente o conhece—. Seu nome verdadeiro pode ser Pedro ou Juan ou tal vez Alejandro, ele sempre o muda. Mas para fins práticos vamos chamá-lo por seu apelhido.
Kaliman tem alguma idade entre os 40 e 50 anos, ñao sei bem. É um pouco encurvado e de pele enrugada e preta, já quase ñao tem cavelo, embora tem uma energia increível. Mas o que ressalta da figura do Kaliman s̃ao suas m̃aos. Elas opacam tudo o demais. Suas m̃aos s̃ao quase do tamanho do meu rosto. Assim que vocês podem imaginar que passa quando ele fecha as m̃aos e p̃oe-se em guarda. É uma coisa que dá medo. A primeira vez que o vi, fiquei surpresso, como era posível que alguém pudesse ter os punhos t̃ao grandes, seguramente ele tinha algum record em Ripley graças a esses descomunais punhos. Ñao acreditava. Ele era quase como o m̃aos de pedra Durán, aquele boxeador do Panamá. Tinha que conhcer a historia do Kaliman.
Depois dessa primeira impres̃ao que tive do Kaliman, passou algum tempo para que o voltasse a ver. Durante esses dias descobri que ele era assim, ficava na rua onde eu moro umas semanas e logo ía-se para outra rua. Ñao passou muito tempo antes de que ele voltasse, pois na minha rua ele tinha tudo o que precisava para viver, além, de muitos conhecidos que sempre estavam dispostos a dá-lhe uma moeda para sua garrafa de álcool. O dia que voltou, eu estava com um amigo, falavamos de alguma coisa que agora ñao me lembro. —nada importante—. O importante é que ele apareceu com seus punhos grandes para um caralho, que bem poderiam estar valuados em uns quantos milh̃oes de dólares se o Kaliman fosse boxeador nos Estados Unidos. Acercou-se nos e, entanto sua voz quebrada dizia —um, dois, três, jicamas; bateu ao ar com movimentos rápidos. Ao final desta demostraç̃ao de técnica disse-nos —com essa combinaç̃ao ficavam no ch̃ao. Depois disso voltou para mim e, com a mesma voz, disse-me —fraco empresti-me um peso. Eu tirei da bolsa de minha calça uma moeda e di-se-a. Mas em troca eu pedi-lhe que me contasse se alguma vez tinha sido boxeador. Com um sorriso que iluminava seu rosto me disse —deixa vou por uma garrafinha e quando voltei conto para você meus dias de boxeador.
O Kaliman partiu, mas eu estava a ponto de conhecer qual era sua verdadeira historia, meu amigo ñao ficava t̃ao emocionado como eu, assim que decidiu ir-se embora. Esperei e esperei até que o Kaliman voltou, e agora sim com sua garrafa na m̃ao, ficava presto para contá-me suas aventuras de rapaz.
Començou falando do ginásio onde treinava, chamava-se “Lupita”, e ficava em Tacubaya. Aí ele tinha empeçado sua carreira de boxeador, falava das horas de treinamento, do esforço que é converti-se em boxeador, da sua namorada, do difícil que foi para ele conseguir sua primeira briga e tantas outras coisas mais. Até que finalmente chegou ao momento triste da historia. Deu um grande gole a sua garrafa, respirou e disse-me —fraco ñao todo na vida é como um quiser que fosse. Olha para mim, eu que estava no melhor momento de minha carreira, a uns quantos dias de brigar pelo campeonato nacional e casá-me com minha namorada. Tudo foi-se à merda. Mas que foi o que aconteceu —perguntei para ele. —Nada eu achava que era invensível que ninguém podia conmigo, mas houve alguém que o fiz, se fraco alguém me ganhou. Quem foi –perguntei para ele com muita vergonha. —Minha namorada, a Olga. Como? —disse-lhe. Mas que você ñao ía casá-se com ela. Ía, sim —contestou. —Ent̃ao que acontecio. Com lagrimas a ponto de sair de seus olhos o Kaliman me disse —Essa noite, três dias antes de que brigasse pelo campeonato, briguei com a Olga, ñao pude contralá-me fraco, eu bate no rosto dela. Fiquei surpresso por t̃ao terrível imagem, ainda ñao posso imaginar como ficou a pobre da Olga. Acho que muito mal. Depois dessa noite —continuou dizendo o Kaliman—, eu ñao fico tranqüilo, tive que fugir para os Estados Unidos, morei lá dois anos, mas outra vez cometi um erro e voltei para Mexico, e agora vê-me, fraco, aquí morando nas ruas, com a lembrança que me atormenta o tempo todo. O Kaliman començou a caminhar sem rumo fixo, embora eu lhe gritasse que voltasse. Depois dessa noite nada foi igual, agora cada veio ao Kaliman sinto uma grande dor por ele, mas tambén para ele as coisas ñao foram as mesmas, cada que me vê disse-me —fraco amanh̃a vou-me para os United.

segunda-feira, outubro 24

Milo Minako

Quando minha irmã chegou naquele día, carregando um bichinho de dois meses de idade que cavía na sua mão, não podía ter imaginado que 6 anos depois, esse pequeno seria praticamente um membro mais da minha família. Milo, também chamado Mina pelo sobrenome dele, é um desses gatos que rápidamente podem alterar a paz e tranqüilidade duma casa. Não somente pelos jogos que costuma fazer, mas também pela inteligência que desde pequeno, tem sido a característica dele mais notável. Até agora, não sei se todos os gatos são assim porque às vezes ele tem atitudes proprias duma pessoa (talvez alguns de vocês que tenham ou tenham tido gatos possam-me comentar depois de ler esta descrição). Ele é vengativo. Se alguém machuca ele, Mina somente se esconde, espera a oportunidade e ataca os pés da pessoa que machucou-o. Também é caprichoso. Quando ele quiser, qualquer pessoa pode acariá-lo e ele torna-se carinhoso, mas quando já não quiser mais carícias, Mina ameaça com a pata para fazer a pessoa desistir e se esse pobre cara insiste, Milo morde-o e torna-se mal-humorado (como se dizesse: “eu adverti”).
Além disso é persistente, quase obstinado. Quando quiser alguma coisa, tenta até consegui-la. Assim aprendeu abrir as portas dos dormitórios e a desligar o telefone quando alguém chamar. O mais engraçado é que parece que estou descrivendo uma pessoa, não é verdade? Por isso eu escrevi que o comportamento dele era quase humano. Tentarei de lembrar que é um gato para terminar a descrição.
Ele é cinzo e preto. Dado que as patas de Milo são brancas, assemelha usar pequenas luvas e botas brancas. A cor preta faz desenhos no corpo dele como se fosse um pequeno tigre (Não é um exagero chamá-lo tigre gente, eu já conheci os efeitos das garras dele). Milo é muito cumprido, mede 55 cm (se fosse pessoa seria muito alto) e é robusto (8 quilos! Se fosse pessoa seria gordo). É muito bonito, de fato é lindissimo (se fosse pessoa seria um gato =) ), qualquer pessoa acharia que é um doce de gatinho. Contudo as apariências enganam: não é nada amável e às vezes pode ser agressivo, como já descrevi. Gosta de comer peixe (adora o atum), jogar com os brinquedos dele (sobretudo com borsas de plástico feitas bolas) e dormir na minha cama. Enfim, embora o Mina possa ser geniudo, ele é uma pessoa (ou gato, já não sei como chamá-lo) muito legal.

quarta-feira, outubro 19

JOÃO O TERRÍVEL (A NARRACÃO)

JOÃO O TERRÍVEL (NARRACÃO)
SALVADOR CARREÑO

Estava a terna e doce professora Maria na sala, pronta para começar com a suas aulas, quando pedindo silêncio ás crianças, escandalosas como são, achou que um menino, de nome João, brincava com una navalha, pinicando a banca dele com a faca.
Então, a Maria chegou até ele, estendeu a mão direita e disse:

- Eaí menino, não faça isso porquê é perigoso; além, faz estropício na banca. Me dá por favor a sua navalha?

O menino olhava serio á professora e, sem dizer palavra, agitou a navalha e “fiiiiiizzz!”, cortou á professora os dedos menor e anular. A Maria, tranqüila, falou:

- Oh menino, isso me faz sentir dor, acredita que precisava faze-lo?
- Acredito, sim, o dedo menor não serve para nada, e sem o anular você não poderá casar com ninguém que a maltrate.
- Ah, já vejo carinho, obrigada pela sua procupação, mas acho que precisa dar-me a navalha ou va fazer danho mesmo a você.

De novo, João sujeitou a navalha e de um certeiro movimento cortou o dedo médio.

- Menino, isso não era necessario, porque o fez?
- Desculpe professora, foi um erro, porquê eu devia cortarlo desde antes, com os outros.
- Está bem, garoto, não vamos brincar mais, me dá a navalha neste momento...

Por toda resposta, o João cortou os dedos indicador e polegar da Maria.

- Menino raiboso, com esses dedos ainda podería escrever. Agora sim ficou sem aulas...

“E sem professora”, exclamou o menino, ao tempo que cravava a navalha no coração da Maria.

Beleza, a descrição

BELEZA (A DESCRIÇÃO)
SALVADOR CARREÑO

As flores ficam empobrecidas se estarem onde você; são tão belas suas formas, que as mais lindas rosas são à-toas ao seu lado. As cores do horizonte tornam-se cinzentas junto de você; tão formosa é sua branca pele, tão intensa a verde dos seus olhos, tão negro o seu encaracolado cabelo e tão vermelhos os seus labios, que quando estou perto de você não quero ver mais nada.

As formas engraçadas dos cisnes e as garças são malogrados tecidos de penas frente ao corpo atlético de você, com essas mãos e esses pés magros e alongados. Suas pernas, fortes, falam de alguém vigoroso, intenso, com a energia dos felinos e a força dos ursos. Seus braços, musculosos, façem sentir assim, na distancia, o calor dos seus abraços.

Até o nariz de você tem de sua a beleza, tão reta, tão bem posta que é sinônimo de elegância e garbo, marco insustituível para essa boca, nem grande nem pequenha, cujos selinhos são a ternura e cujos beijos são a paixão. É tanta a beleza do seu corpo despido que o vento faz murmúrios de prazer passeando pelas curvas das suas costas, da sua pelve, das suas bundas.

Além de isso, o interior e também de sonho. O seu cérebro de privilégio, com o pensamento claro e moderno, límpido e honesto, dota ás palavras com o ponto preciso da sedução, o toque justo da persuasão e nível exato do convencimento.

E o seu coração, un coração de ouro e sim perfídia que tem tanto amor para oferecer, e que você decidiú que seja para mim. Qué legal!

segunda-feira, outubro 17

Olho de peixe

Acordei de novo no mesmo lugar, rodeado de agua e plantas. Como não tenho pálpebras, só tente me quitar a fiaca e começar a nadar pelo pequeño espacio que agora é minha casa.
Ainda não há luz no céu, mais ja estou com fome. Onde está essa menina quando eu necessito-a?
Entanto ela chegar eu vou treinar um pouquinho, mue corpo está cheinho e hoje, pela tarde, vou ver ao peixe que é tão lindo como eu.

E aí, qué o que vejo! uma cara grande grande, não, duas caras grandes grandes. São duas meninas, a garota de sempre e uma criança mais. Sim!!! É a hora de jantar.
—Mais, não fiquem aí, quero comer soazinho. Nossa! Glup! Porqué quando como é todo um show?! Glup! Não acredito, puxa, vajam embora meninas!!!

Despois do show da comida vem o seguimento dos dedos das garotas. “Nado arriba, nado embaixo”.Qué acham tão divertido. Em seguida, elas batem minha casa e eu corro, é isso tão engrassado?



Hoje é dia da limpieza da água. Ainda é bonito ter a casinha limpa e cristalina, não gosto muito do processo. Saio da água quente e chego a um copo pequeno onde não tenho nada, só agua. Depois ela tira todos meus belos excrementos e até a comida que eu não quis. Em seguida, eu volto ao vaso frio.

—A menina de novo!!! Sua cara grande, grande. Achará que estou contente e que por isso me movimento tão rápido? Não! Estou com frio!!!

Bom, mais tudo tem sua recompensa. Elas trazem pra mim um amigo peixe. É igual que eu, tem cores brilhantes (azul e rosa) iguais aos meus, os mesmos olhos e até um rabo tão elegante como o meu. Quando eu digo “oi, meu amigo! glup” ele diz também “oi meu amigo! glup!” e fecha a boca ao mesmo tempo que eu. Nado com ele, pra cima, pra embaixo, para adiante, para trás.

—Não meninas, não o levem ainda!!! Bom até amanhá meu amigo!!!

O céu torna-se preto de novo. Eu fico tranquilo no meio da planta e volto a sonhar.


Oi gente…

Bom… primeiro eu peço uma desculpa porque não tenho escrito nada neste blogue. Acontece que estou muito ocupada com coisas da universidade. Darei uma palestra no Congresso da Associação Mexicana de Estudos Internacionais (AMEI) na quinta feira em Guerrero. A palestra vai se – chamar “A evolução da segurança internacional: do conceito militar ate a segurança humana”.
Gosto muito dos temas de segurança tradicional más também de um conceito integral da mesma como segurança humana que é um conceito pouco estudado, mas interessante, pois argumenta que as pessoas não somente estão inseguras se tem guerras se não que também o estão si não tem comida, vestimenta, emprego, etc. Paz não é ausência de guerra!!
Bom, eu espero minha palestra seja boa. Se alguém de vocês quer viajar comeu e escutar-lha, bem vindo.
Alem do mais, durante tudo o dia faço muitas coisas. Eu sou professora na faculdade de Ciências Políticas e Sociais na UNAM, estudo um Mestrado em Estudos em Relações internacionais e dois línguas, português e árabe.
Sou professora duma turma de 82 alunos, Política Internacional Contemporânea e, de outra, Desenvolvimento Humano onde há 22. Eu gosto de dar aulas más quase todo meu tempo vai para lá.
Política Internacional Contemporânea é uma matéria que gosto muito. É o seminário onde praticamente se estudam 60 anos de história; desde 1945 ate agora... imaginem, é muito para tão pouco tempo ne?
Os alunos e eu vemos temas como o expansionismo estadunidense, japonês, das potencias européias; Segunda Guerra Mundial; bloqueio de Berlim; organizações militares como OTAN e Pacto de Varsóvia; descolonização de Ásia e África; os conflitos árabe-israelenses; o capitalismo e o socialismo e comunismo; blocos mundiais; tratados de desarme; União Soviética; pobreza; desenvolvimento humano; problemas ecológicos; etc.
Como vocês vêm, são muitas coisas para tão pouco tempo (mais o menos 26 aulas de 2 horas cada uma).
Na outra aula, Desenvolvimento Humano, somente somos 23 pessoas; 22 alunos e eu... É importante dizer que esta é uma aula nova; nova porque é a primeira vez que se da na faculdade. De fato, 3 dias antes de começar o curso ainda não estava aprovada pelo Conselho Universitário. É uma matéria que está a proba más desejo que fique no programa oficial porque é muito necessária nas relações internacionais...
Nesta vemos temas como pobreza, meio ambiente, legislação internacional do desenvolvimento humano, segurança humana, e a situação do mundo em geral respeito a distribuição da riqueza.
Em minha opinião é importante que os alunos conheçam a situação para que tomem consciência e dão alternativas para deixar o subdesenvolvimento de nossos paises.
Alem de dar aulas estudo o mestrado na faculdade. Minhas linhas de investigação são a segurança, militar e humana, desenvolvimento humano e outros temas sociais...
Estou fazendo minha tesi que se chama quase como minha palestra, “A evolução da segurança: do conceito militar ate a segurança humana”.
Alem de estudar português, estudo árabe porque gosto muito desta cultura. Teve a oportunidade de viajar a Marrocos fez 3 anos e eu fique namorada do pais, da gente, da comida, da língua... O árabe é uma língua muito difícil más gosto dela então espero falar em alguns anos...

Bom... acho que isso é tudo. Prometo escrever mais em quanto volte de palestra.
Beijos. Boa sorte!!!

Sandrakanety.

p.d: leiam... está en espanhol mas é interessante...

Caras y caretas
"El Día de la Raza pasó a ser el del Encuentro. ¿Son encuentros las invasiones coloniales?"

Eduardo Galeano

¿Cristóbal Colón descubrió América en 1492? ¿O antes que él, la descubrieron los vikingos? ¿Y antes que los vikingos? Los que allí vivían, ¿no existían?
Cuenta la historia oficial que Vasco Núñez de Balboa fue el primer hombre que vio, desde una cumbre de Panamá, los dos océanos. Los que allí vivían, ¿eran ciegos?
¿Quiénes pusieron sus primeros nombres al maíz y a la papa y al tomate y al chocolate y a las montañas y a los ríos de América? ¿Hernán Cortés, Francisco Pizarro? Los que allí vivían, ¿eran mudos?
Nos han dicho, y nos siguen diciendo, que los peregrinos del Mayflower fueron a poblar América. ¿América estaba vacía?
Como Colón no entendía lo que decían, creyó que no sabían hablar.
Como andaban desnudos, eran mansos y daban todo a cambio de nada, creyó que no eran gentes de razón.
Y como estaba seguro de haber entrado al Oriente por la puerta de atrás, creyó que eran indios de la India.
Después, durante su segundo viaje, el almirante dictó un acta estableciendo que Cuba era parte del Asia.
El documento del 14 de junio de 1494 dejó constancia de que los tripulantes de sus tres naves lo reconocían así; y a quien dijera lo contrario se le darían 100 azotes, se le cobraría una pena de 10 mil maravedíes y se le cortaría la lengua.
El notario, Hernán Pérez de Luna, dio fe.
Y al pie firmaron los marinos que sabían firmar.
Los conquistadores exigían que América fuera lo que no era. No veían lo que veían, sino lo que querían ver: la fuente de la juventud, la ciudad del oro, el reino de las esmeraldas, el país de la canela. Y retrataron a los americanos tal como antes habían imaginado a los paganos de Oriente.
Cristóbal Colón vio en las costas de Cuba sirenas con caras de hombre y plumas de gallo, y supo que no lejos de allí los hombres y las mujeres tenían rabos.
En la Guayana, según sir Walter Raleigh, había gente con los ojos en los hombros y la boca en el pecho.
En Venezuela, según fray Pedro Simón, había indios de orejas tan grandes que las arrastraban por los suelos.
En el río Amazonas, según Cristóbal de Acuña, los nativos tenían los pies al revés, con los talones adelante y los dedos atrás, y según Pedro Martín de Anglería las mujeres se mutilaban un seno para el mejor disparo de sus flechas.
Anglería, que escribió la primera historia de América pero nunca estuvo allí, afirmó también que en el Nuevo Mundo había gente con rabos, como había contado Colón, y sus rabos eran tan largos que sólo podían sentarse en asientos con agujeros.
El Código Negro prohibía la tortura de los esclavos en las colonias francesas. Pero no era por torturar, sino por educar, que los amos azotaban a sus negros y cuando huían les cortaban los tendones.
Eran conmovedoras las Leyes de Indias, que prote-gían a los indios en las colonias españolas. Pero más conmovedoras eran la picota y la horca clavadas en el centro de cada Plaza Mayor.
Muy convincente resultaba la lectura del Requerimiento, que en vísperas del asalto de cada aldea explicaba a los indios que Dios había venido al mundo y que había dejado en su lugar a San Pedro y que San Pedro tenía por sucesor al Santo Padre y que el Santo Padre había hecho merced a la reina de Castilla de toda esta tierra y que por eso debían irse de aquí o pagar tributo en oro y que en caso de negativa o demora se les haría la guerra y ellos serían convertidos en esclavos y también sus mujeres y sus hijos. Pero este Requerimiento de Obediencia se leía en el monte, en plena noche, en lengua castellana y sin intérprete, en presencia del notario y de ningún indio, porque los indios dormían, a algunas leguas de distancia, y no tenían la menor idea de lo que se les venía encima.
Hasta no hace mucho, el 12 de octubre era el Día de la Raza.
Pero, ¿acaso existe semejante cosa? ¿Qué es la Raza, además de una mentira útil para exprimir y exterminar al prójimo?
En el año 1942, cuando Estados Unidos entró en la guerra mundial, la Cruz Roja de ese país decidió que la sangre negra no sería admitida en sus bancos de plasma. Así se evitaba que la mezcla de razas, prohibida en la cama, se hiciera por inyección.
¿Alguien ha visto, alguna vez, sangre negra?
Después, el Día de la Raza pasó a ser el Día del Encuentro.
¿Son encuentros las invasiones coloniales? ¿Las de ayer, y las de hoy, encuentros? ¿No habría que llamarlas, más bien, violaciones?
Quizás el episodio más revelador de la historia de América ocurrió en el año 1563, en Chile. El fortín de Arauco estaba sitiado por los indios, sin agua ni comida, pero el capitán Lorenzo Bernal se negó a rendirse. Desde la empalizada, gritó:
-¡Nosotros seremos cada vez más!
-¿Con qué mujeres? -preguntó el jefe indio.
-Con las vuestras. Nosotros les haremos hijos que serán vuestros amos.
Los invasores llamaron caníbales a los antiguos americanos, pero más caníbal era el Cerro Rico de Potosí, cuyas bocas comían carne de indios para alimentar el desarrollo capitalista de Europa.
Y los llamaron idólatras, porque creían que la naturaleza es sagrada y que somos hermanos de todo lo que tiene piernas, patas, alas o raíces.
Y los llamaron salvajes. En eso, al menos, no se equivocaron. Tan brutos eran los indios que ignoraban que debían exigir visa, certificado de buena conducta y permiso de trabajo a Colón, Cabral, Cortés, Alvarado, Pizarro y los peregrinos del Mayflower.

Descripção

Oi! Galera

Embora tinha deixado de escrever neste blog por muito tempo, agora volto com mais vontade de escrever. A razão é simple, já estou cansado de fazer meus trabalhos para a escola e quis tomá-me um tempinho para distraê-me. Sei que tenho pendente uma descripção, por tanto, é momento de fazé-la. . O título de minha descripção é Biblioteca Central num fim de semana, mesmo que pudesse se chamar População da Biblioteca Central num fim de semana. Estudo quase sociológico feito ao vapor num momento de ociosidade. Mas este último título pareceu-me, além de muito longo, muito pretencioso. E como minha intenção não é ser pedante ou soberbo deixei o título mais curto. Mas já foi muito de línguasa e nada de descripção assim que començarei.
Diez da manhã, estou nas portas da biblioteca central, é domingo e os Pumas não jogaram. Cidade universitaria está quase abandonada, somente alguns almas divagam por estes lares. Gente que vaí a C.U. para fazer exercício, aproveitando as grandes extenções verdes que tem a universidade, as vezes, decidem parar na loja que fica em frente da faculdade de filosofia para tomar um refrigerante ou algo que calme a sed deles. Quase todas as pessoas que passam por aquí vestem roupas esportivas, só um que outro não tem esse tipo de roupa. Caminho en direcção à porta da Biblioteca, atravesso o umbral que separa o mundo ordinario de o mundo das pesquiças e dos livros e de muitas outras coisas. Caminho até o interior, acho o primer pasilho, turmas e turmas de meninos de preparatoria vão dum lado para outro, num movimiento quase frenético. É difícil não perguntá-se que faz tanto rapaz prepariatoriano num domingo na Biblioteca Central? A única resposta que me vem à cabeça é que os mandaram da escola deles. Brincadeiras e sorrisos são o comúm denominador deste pasilho, rapaces puxando rapaces, entanto as meninas os olham dissem: “já deixem de fazer isso, não são crianças e tem que compartá-se” Afasto-me deste andar maluco, para ir onde ficam as mesas de trabalho. ¡Que surpresa! gente por todos lados, universitários voraces cheiam a sala. Quem ía a imaginar que a Biblioteca Central tería tanta gente em seu interior um domingo as diez da manhã. Procuro um lugar onde sentá-me, o encontro, saco os livros que vou precisar durante o día e volto a meu redor para ver quem está a meu lado. Engenheiros, arquitetos, gente de ciencias e um que outro aluno fazendo a monografía para obter o título deles em seus respectivos cursos de formatura. O ambiente é desconcertante, barulho por todas partes, mas não é um barulho de festa não, é um barulho quase imperceptível desse que sai da boca sem que um seja consciente de que saiu. As pessoas que estam a meu redor, ao igual que eu, ficam mergulhadas neste lugar afastado da realidade, neste lugar onde as preocupações pela entrega do trabalho de manhã são mais importante que qualquer coisa. Os rostros de todos os aquí presentes se introduzem nos livros que têm nas mãos, como se quiserem devorá-los. Algum que outro rapaz, procura namorar à menina que está sentada sozinha numa mesa, tal vez ela esteja esperando o namorado dela, mas disso não se tem certaza, assim que o rapaz tenta conquistá-la. Na mesa que fica em frente de mim uma turma de arqutetos construiem a casa do futuro, claro apenas uma maqueta, mas eles acham que assim será nossa realidade em uns anos. Outro garoto que está um pouco mais longe de onde eu fico, tem uma cara de que a noite de ontem esteve agitadíssima, nem ele se aguanta. Mas como bom soldado, ele se morre ao pé do canhão, e vem a bilbioteca para terminar o dever de casa que tem que entregar na segunda feira. E assim cada um das pessoas que ficam neste lugar tem uma historia que os acompanha, embora neste momento todos sejam parte da população da Biblioteca Central.
Em conclução pudemos dizer que a população da biblioteca Central num fim de semana se compõe de três tipos de pessoas: a) esportistas que ficam fora do lugar mas que as vezes entram para ver o que acontece dentro, b) a rapaciada prepariatoriana que tem que vir por que os mandaram da escola, y c) universitarios que tem que fazer deveres de casa e que não tiveram tempo para fazê-lo nas casas deles. Mas o morador mais importante da biblioteca Central neste e em todos os fim de semana é a turma de historias que fazem posível que esta Biblioteca esteja tão cheia de vida, embora seja fim de semana.

domingo, outubro 16

Descrição de um sonho

Tenho um sonho, um sonho que volta com freqüência, já o conheço muito bem, desde que inicia o reconheço e sempre vislumbro seu final. Começa em algum lugar perto da praia,o chão é de cimento, mas esta regado de areia. O dia não é quente, devem ser as seis da tarde, porque não esta escuro mas também não há muita luz. Eu vou caminhando, com os olhos fixos num ponto adiante, estou um pouco encorajado, triste, molesto por algo que ainda não sê que é, só sê que me sinto mau. Não estou sozinho, alguém me acompanha, sempre é uma pessoa com quem tive algum problema durante o dia, quando estava desperto. Não falamos, não batemos papo, inclusive nos evitamos.
Sem nenhuma razão nos dirigimos para a praia, cada vez ouço mais o som do mar, como as ondas caem pouco a pouco mais forte.
Depois posso ver que o mar já invadiu a praia, a maré tinha crescido. Nós seguimos avançando pela praia, o água me molha os pés e me molesta a areia que se afunda. De repente uma onda cresce muito, quase como se fosse uma parede escura que se move, se vê ameaçante, como se o mar estivesse vivo e me pudesse olhar. A onda cai e come-se tudo, eu só me sinto perdido, confundido, não posso ver nada. Depois de lutar desesperado, creio que vou morrer, não posso respirar. Ao fim, consigo sair, e o primeiro que faço é procurar a meu acompanhante. Mas ele nunca aparece. O mar é agressivo e não me permite procurar bem. As pessoas na praia gritam, todos gritam como loucos espantados, mas eu só penso na pessoa que me acompanhava.
Ele não regressa a superficie e eu começo a sentir uma grande culpa. Me dói a garganta, como se me tivessem batido na goela, tenho ganhas de chorar e me sinto arrependido de algo que não conheço. Mas agora não posso pedir perdão, não posso arrumar meu problema com aquele que me acompanhava, murreu.
Finalmente, o mar me pega de novo, uma grande onda me apanha. Esta vez não posso sair do agua, meu último esforço é pra despertar-me. Abro os olhos sem poder respirar bem ainda. Estou com asma.
Esse é meu sonho, uma historia que se repete as vezes, onde morrem algumas pessoas que quero mas não posso recuperar, por orgulho, por agastamento ou simplesmente por tonto. Pode ser meu sentimento de culpabilidade.

A Primavera


“A Primavera” é uma pintura feita por Boticelli. No fundo se podem ver muitas árbores em tons escuros, com grandes folhagens e frutas laranjas, entre eles há espaços de luz de cores marrons. A terra é escura e está enchida com as pétalas das flores cor laranja, rosa e braco.

Na esquerda há um home de pé, com a mão direita apontando para cima; a cabeça dele está no mesmo sentido, al igual que os olhos dele. A cara dele é fina, mas o corpo dele é longo. Os olhos e o cabelo são pretos e tem uma coroa de cor marrom escuro. É coberto por uma tela vermelha que vai do ombro dereito dele, até a metade de os pés, e está unida à altura da cintura dele. Tem uma espada a essa mesma altura que pendura de uma curva que pasa pelo ombro dereito. Veste um tipo de botas cor morrom que deixam ver os dedos dos pés.

Ao lado dele, há tres mulheres que fazem um círculo. Elas estam somente cubertas por uns véus longos, têm o cabelo ondulado e é de cor clara; os olhos delas são pretos. Ás mulheres dos lados tem enfeites nas suas cabeças, aquella no lado esquerdo está parada nas pontas dos pés dela, ligeiramente de perfil e como a mão direita dobrada à altura do peito. A mulher do centro, está de espalda e prende as mãos das outras dois.

No centro há uma mulher de pé, com a cabeça inclinada para o lado esquerdo. Uma das mãos dela está à altura da cintura e a outra dobrada. O cabelo dela é de cor clara, ondulado e está enfeitando a cabeça. A cara dela é fina e os olhos são pretos. Tem um vestido azul longo e cobre-a uma tela vermelha.

No alto há um anjo nu, de pele branca, as asas são de cor marrom, o cabelo é ondulado e de cor mas escura que a pele dele. O braço dele cobre-lhe a cara e está apontando para o chão. No lado deretio há uma mulher que tem um vestido de cor clara como flores pretas. O cabelo dela é claro e ondulado, tem uma coroa de flores. A cara dela é fina, tem olhos pretos y não tem nenhuma expressão.
Há um home ao lado dela, ele está inclinado para à esquerda e a prende pelo braço e pelo vestido dela. Veste com um véu transparente, tem o cabelo claro e longo. Há umas flores sobre a cara dele, que está de perfil. Ele olha para a dereita à outro home que o prende por debaixo do braço. Ele não toca o chão, é de cores escuras e está inclinado para abaixo, coberto por uma tela sobre o ombro dele.

sábado, outubro 15

Cuidado com os ladrões!


Todos os dias, antes de que os editores decidirem quais iam ser as notícias publicadas no jornal e que os repórteres entregassem seus escritos, meus companheiros e eu escapávamos rumo à cantina –eles para fumar, eu por um cafezinho– e, não preciso dizê-lo, o bate-papo transformava-se numa segunda natureza para nós.

Mais que temas de conversa eram os lugares comuns os que flutuavam no ar: as mães (como todas as mães do mundo) não falavam mais que de seus filhos, os desenhistas criticavam seus chefes e os demais queixavam-se de seus problemas de dinheiro ou do trânsito. E assim, nesta sucessão de tópicos tão fácil de predizer, chegamos ao favorito da maioria dos citadinos: a insegurança. Nessa ocassião cada quem narrou as suas experiências, algumas chocantes, outras (vistas a distância) engraçadas, mas eu nunca vou esquecer uma em particular.

Era a noite de um dia de escândalos políticos, por isso o encerramento da edição tinha se adiado demais e o protagonista desta história saiu até de madrugada –coisa comum pois se dedicar ao jornalismo é renunciar para sempre a um horário–. Seguindo a sua rotina foi caminho ao estacionamento, acendeu o automóvel e internou-se nas ruas do Centro. Tudo parecia normal até que, na avenida Bucareli, encontrou um semáforo em vermelho... de súbito escutou que a janela da porta esquerda do veículo explodía e sentiu que um sujeito o tirava do volante e o arremessava no assento traseiro, ao passo que outro indivíduo subia no banco da frente.

– Tranqüilo amigo, coopere e não acontecerá nada...
– Eu coopero, coopero – respondia com uma voz quebrada pelo nervosismo ao homem que conduzia, ao tempo que se apercebia da pistola do cara sentado ao lado dele.

Sobrepondo-se ao susto a vítima pensou que o mais inteligente era tentar de ser muito simpático com os malfeitores e ganharse a sua confiança, e começou a conversar com eles, como se estevesse com os paroquianos de um boteco. Entre papo e papo resultou que os três não só se criaram no mesmo povoado, senão que também eram torcedores do mesmo time de futebol... e esse foi o pretexto ideal para que as piadas iniciassem. No entanto o carro viajava sem rumo fixo.

– Você é muito legal, assim que vamos fazer o seguinte, dê-me tudo o que traga na carteira e acabou-se este negócio.
– Claro que sim! – exclamou o repórter um tanto incrédulo ao tempo que lhes entregava todo o dinheiro que carregava.

Mais tranqüilo ele congratulava-se de seu estratagema e achava-se muito esperto por ter manejado desse jeito a situação.

– E onde mora? Podemos aproximar-lo a sua casa se você quiser.
– Na Narvarte – respondeu ele já com fidúcia, pois seu plano tinha saído segundo o esperado e, além do mais, os assaltantes, em outras circunstancias, bem poderiam ter sido ótimos parceiros de farra.

E no meio da risadaria chegaram a um parque que ficava muito perto do apartamento do jornalista.

– Vê amigo como todo deu certo? O que vamos fazer é deixar seu automóvel dois quarteirões mais adiante por acharmos que você é muito bacana.

E foi aí onde o assaltado, sem pensar nas palavras nem as conseqüências, disse inoportunamente:

– Mas por favor feche bem as portas porque por aqui há muito desgraçado que só se dedica a roubar.

Os rostos dos ladrões mudaram, os sorrisos tornaram-se em sobrolhos franzidos e mais tardou meu camarada em enxergar seu erro que em ser lançado do carro de um tranco. E o veículo? Não apareceu nunca mais.

sexta-feira, outubro 14

Minha tesis (descrição)

Oi!!

Agora eu estou trabalhando na minha tesis, é com relacao a um tema de bioquimica.
O tiutlo é a actividade metabolica e antioxidativa da axtaxantina. A astaxanina é um composto que é muito abudante nos crustaceos e que evita a oxidacao das celulas.
Vou a descrever o pocedimento do experimento em sintesis.
1.- Primeiro é necesario conhecer a cantidade da astaxantina presente no crustaceo, eu utilice o acocil. Para isso trabalhe com as cabecas, que sao secadas e molidas até ter uma farina, depois é extraida e quantificada a axtaxantina da farina com meios quimicos (cromatografias).

2.- Com a farina do acocil sao alimentados os jerbos (um animal do laboratorio parecido ao raton)
por umas tres semanas, depois os jerbos sao sacrificados e sao extraidos o intestino, o higados, os olhos, as heces e a sangre.

3.- Para conhecer a actividade metabolica (ADME) sao necesarios:
A sangre para conhecer a distribuicao da astaxantina.
Os intestinos para conhecer a absorcao da astaxantina.
O higado para conhecer o mebolismo da astaxantina.
As heces para conhecer a eliminacao da astaxantina.
Os olhos é só para conhecer a quantidade que esta lá.

4.- A actividade antioxidativa é quantificada pela tecnica dos peroxidos.

Este trabalho é muito importante nos ultimos tempos por que muitas pessoas estan interesadas em diminuir o envelhemento, que é causado pelo stress oxidativo.

Eu nao sei como é que se coloca o acento (~) e a "c" cedilla.

Atte. Francisco

quinta-feira, outubro 13

Não entendo!

Simplesmente não entendo porque, tendo uma língua tão rica como o português, muitos de vocês optam por começar seus escritos com frases do tipo, eu vou falar de ou desta vez eu vou descrever. Não foram poucas as vezes em que vocês manifestaram a falta de criatividade, mas puxa gente, não exagerem!
Para aqueles que têm problemas com os sinais de pontuação, visitem o seguinte site:
http://www.colegiosaofrancisco.com.br/novo/redacao/13.php. Omar, por favor coloque nos links.
Olhem, eu já li todas as suas contribuições e, em algumas coloquei alguns comentários. Revisem por favor! O fato de que eu não coloque comentários em todos seus escritos não quer dizer que eu não os li, tá bom?
Até a próxima.

quarta-feira, outubro 12

Meu bichinho de estimação


Quando criança -e até agora- meus pais não me deixavam ter bichos de estimação. Eles não gostavam dos cahorros, gatos, hamsters, macacos, ou algum outro animal que pelo tamanho e as necesidades possa ser considerado un verdadeiro bicho de estimação.
Eu fui (sou) das meninas que tinham bichinhos (formigas, grilos, lombrigas, vermes, borboletas, sapos, tartarugas, pintinhos, caranguejos, etc., qualquer coisa que não durasse mais dum mês ou que requera da atenção dum veterinário ou dos adultos) à qual os pais não deixam ter verdadeiros bichos de estimação. É triste mais certo.

Eu tive muitos bichinhos que morreram ao pouco tempo,de fato, meu jardim é como um cemitério de animais.

Mais agora eu tenho um peixe, presente duma tia, e se chama “peixe não consumido”. Na verdade não meditei num melhor nome pra ele e ficou esse. Ele é quase todo azul, mais tem um poco de cor-de-rosa –*acho que esas cores são pela comida porque as bolinhas que come são azuis e rosas, porque se ele comesse bolinhas verdes e pretas ficaría dessa cor, não é?-, o rabo é longo e brilhante e os olhos são pequenos. Quando ele ve meu rostro no vaso, abre sua cabeça –bom tem aspecto desso- e me olha muito até que dou a comida pra ele.

Ele mora num vaso com pedras brilhantes e de muitas cores e aí também habita uma planta. É todo um ecosistema onde o peixe come da pranta e a planta vive do excremento dele.

O Peixe não consumido tem quatro meses comigo e espero que me acompanhe por muitos dias mais.

Agora que me lembro, não tenho alimentado meu peixinho!!!

Tscau meninos!!!


*Agora podem perceber como é que eu não sei nada de animais!!!! (é brincadeira não sou taõ estúpida)

Nota: a pintura é do Paul Klee, um dos meus artistas favoritos e se chama "Golden fish".

domingo, outubro 9

Uma festa sem vocês


Ontem foi a festa da Cristina, e eu houvesse gostado de ver mais conhecidos, mas conformo-me com os poucos que estiveram lá comigo. E é que essa era uma ocasião ótima para aproximar-nos mais, pois o que sobraba era o tempo para falar do que a gente quiser. Mas acho que a conversa, mesmo que éramos somente quatro alunos de português contra uma multidão de pessoas de Comunicação, ficou sempre interesante, como acontece quase sempre que deixamos que a improvisação faça seu trabalho e que os interesses comuns coincidam espontâneamente.

Os temas foram do mais eclético: cinéma, viagens, música, livros, tempos passados e planes futuros... todo aquilo que nas aulas sempre e deixado de lado, e assim foi possivel ter um retrato mais completo de pessoas que não faz muito representavam para mim somente umas cadeias da sala de classe, mas que agora estimo muito.

E o que acontece é que os indivíduos sempre são muito mais do que acreditamos deles, pois mesmo o sujeito mais gris pode mostrar todas as suas cores se lhe damos só uma oportunidade; e também nossas opiniões, quase sempre tão fechadas, se enriquecem se nos tomamos o tempo necessário para escutar ao outro.

E assim, escutando ao outro (ou às outras, devo dizer, pois eu era o único homem presente da turma), esse papo tresnoitado trouxe-me muitas surpresas, como receber uma invitação para ir às olímpiadas de China em 2008, e sobre tudo o sentimento de estar um pouquinho mais perto de quem agora posso dizer são minhas amigas...

Deste jeito, mudando caprichosamente de temas, decorreu a soirée até que eu tive que partir. E ainda lembro que, se bem passei um momento muito agradável, caminhando rumo à minha casa não deixava de desejar duas coisas: um bom aniversário para a Cristina, e que vocês também tivessem estado lá.

Estou com gripe!

Oi pessoal! Tomara que pudesse dizer que estou bem mas não estou não. Ainda não termino de sair duma tendinites/bursites e agora, no sabado de manhã comecei a sentir mal-estar. À noite já era uma realidade: sou uma vítima mais da epidemia de gripe; que azar!. Espero não ficar doente por muito tempo. Precisarei tomar sucos de laranja e limões. Além de ter ficado doente, o sabado não foi muito diferente ao que eu costumo. Fui visitar minha tia que também está doente e depois aproveitei para ir visitar outra tia que não via há algumas semanas. O domingo foi diferente pois não pude fazer muitas coisas que queria devido ao mal-estar. Mal pude fazer o dever de casa da nossa aula e ir para o mercado a comprar algumas coisas para a comida. Acho que a semana cheia de trabalho contribuiu a que eu terminasse doente. O problema é que sendo um estudante não posso estar muito tempo assim (vocês já sabem de que estou falando).
Eu tenho que ir-me agora gente, preciso deitar-me um pouco. Espero o 'fessor desculpar a pouca escrita que coloquei mas eu prometo escrever mais alguma coisa quando eu sentir melhor. Se na segunda eu não vou para a aula, é porque me sinto mal. Até logo colegas, a gente se vê.

sexta-feira, outubro 7

Segundo dia; ainda há saudade

Acho ontem me emocionei muito, pois o texto que escrevi foi muito longo, agora tentarei sintetizar as coisas. Como bem diz o titulo desta mensagem a saudade ainda fica no ar, mas agora não quero ir para Lisboa. Prefiero ficar no Mexico, por que tenho muito trabalho que fazer. Hoje não passo nada increível na minha vida, acho que estou preocupado por terminar os reportes de leitura e trabalhos que tenho que entregar na faculdade o dia 21 de outubro, por tanto estive o dia todo lendo um romance de Elena Garro que se chama O reencontro de personagens ( El reencuentro de personajes). Eu estou gostando dele, mas já quero terminá-lo, por que tenho pendentes outros quatro romances e acho que o tempo se acaba. Por último, para quem goste da fotografia, há uma exposição muito legal sobre a Revolução Cultural Chinesa no MUCA. Está muito bacana, quem quiser pode-se dar uma volta por lá, não se vá a arrepentir.

E, por favor, que já parei de chover ao menos no sul do país.

Até a proxima

quinta-feira, outubro 6

Provinha

Oi pessoal! Que legal podermos comunicar assim! Esta é a minha primeira vez num “blog” e devo confessar que antes de entrar não me parecia interessante. Agora, depois de ler as postagens dos meus colegas, a minha idéia mudou: eu acho que é uma oportunidade única para conhecer-nos e para aprender (em todos os sentidos, não somente aprender português). Cada um de nós representa um mundo de conhecimentos e experiências e o mais legal é que agora poderemos comparti-las; de fato eu achei maravilhosa a metáfora do Omar (o nosso quebra-cabeça pessoal). Os meus parabéns para ele, pois além de ter uma fala clara e fluida, a sua escrita é genial. Você é escritor, Omar? Se não é, acho que você deveria ser. Devo ir-me agora, gente. Não se preocupe Arturo, esta só foi uma pequena prova para aprender como é que funciona este negócio dos “blogs” e como colocar uma postagem. No fim de semana vou escrever como você pediu. O que acontece é que estas coisas do “internet” e os computadores são muito novas para um homem tão velho como eu.

Antes de ir-me, uma sugestão. Para mim é mais complicado usar o código ASCII para gerar as letras que precisamos. Acho que seria mais simples mudar a linguagem de entrada do computador. Se vocês também não querem usar o ASCII, podem mudar a linguagem e colocar o português como a linguagem de entrada e automaticamente o teclado fica com a configuração do português do Brasil. Se o computador de vocês não tiver instalado o português, é simplesmente instala-lo quando o Word pedi-lo. Até agora o meu único problema é que não acho o símbolo da interrogação (?), mas com um simples “click“ eu volto para a configuração do espanhol e o coloco.

Boa sorte pessoal! A gente se vê e se fala na aula!

oi galera!!!

oi!!!
pelo momento nao tenho muito tempo para escribir, entao é somente uma mensagem para que saiban que eu estou...

beijos!!!

sandrakanety

1, 2, 3... provando

Olá! Galera, espero que todos os colegas fiquem bem

Esteve lendo as mensagens dos colegas e concordo completamente com eles, acho que este espaço é muito bom, não só para praticar nossa escrita, mas também para conhecé-nos melhor. E acho que isso é muito bom. Pessoamente, acho que escrever neste blog é um doble reto por que não só é escrever noutro idioma, mas também é fazer um diario. Até agora, eu tinha tentado escrever três diarios mas nenhum tem tido éxito, todos ficaram em tento de diario. Por tanto, meus arquivos no computar chamam-se: tento de diario 1, tento de diario 2, e assim até o infinito. Mas agora não quero que aconteça o mesmo com este blog . Sei que vai ser um grande esforço mas eu tenho a certeza de que o vou a lograr. Deixando de lado meus problemas para ter um diario comezarei falando para vocês alguns das coisas que me acontecieram hoje. Acho que hoje foi un dia muito bom, embora estivesse chovendo, não é que não goste dos dias chuvoso, gosto sim, mas estes dias sempre tem um pouco de saudade e isso faz mais difícil que um se acorde da cama. Então eram as oito e meia da manhã e eu seguia deitado na minha cama com uma nhaca terrível, sabia que tinha muitas coisas que fazer mas não queria acordar, então lembrei duma coisa que nos disse alguma vez uma professora da facultade, ela disse para a turma que uma das coisas boas de estudar Letras Hispánicas era que nos dias chuvosos e feios, desses em que um não tem vontade de sair de casa, o hispanista podia ficar em casa, preparar uma xícara de café ou cha, deitá-se na cama, pegar um bom romance e lê-lo sem preocupação nenhuma por que ao final de contas nos íamos ficar trabalhando. Acho que está lembrança foi de uma grande ajuda hoje pela manhã para mim. Por tanto, eu peguei um romance e o li sem preocupação como disse a professora. Mas na tarde tive aula de português, então acordei e saí para o CELE, no caminho eu ía lembrando da saudade que me provocam os dias como hoje e não pode evitar pensar como sería um dia assim em Lisboa, escutando fado, bebendo vinho, e vendo as ondas do mar chocar contra a areia, acho que sería muito bom, mas durou pouco por que o caminhão chegou à estação e tive que baixar dele. Caminhei da estação até o CELE sem pensar em nada. Já na aula comprovei o que tinha sospeitado, a turma é cada vez melhor as aulas são mais engraçadas e eu as disfruto cada vez mais. Depois da aula fui à Mediateca para ver um video de Marisa Monte que achei muito legal, se vocês puderam vê-lo acho que sería ótimo. Acho que se chama “Mais” e foi feito no ano 1991, não estou seguro mas podem ir vê-lo. Quando saí da Mediateca todo ficava igual a saudade ficava no ar, por tanto decide ir para a casa da minha namorada, que melhor que passar o resto da tarde nos braços da pessoa que amo. E foi assim, agora é a meia noite e eu estou terminando de escrever estas linhas para o blog. E embora estou com sono, tenho trabalhar outro tempinho no romance que estou lendo.

Até amanhã.

quarta-feira, outubro 5

A chuva não para...


A chuva é um estado de ânimo, pelo menos para mim, pois, quando começa a chover, muda o curso do meu pensamento e as minhas sensações alteram seu andar. E é que a chuva, como os estados de ânimo, vem a interromper o cotidiano e a resgatar-nos do tédio do dia-a-dia.

Mesmo se falamos de um chuvisco ou de uma bátega, com o tamborilar das gotas uma cidade tão cinzenta como esta adquire novas cores... as ruas sempre grises transformam-se em espelhos pretos que refletam o brilho das lâmpadas de iluminação pública, e os guarda-chuvas tornam-se cogumelos andantes que se multiplicam e ameaçam com invadir, permanentemente, parques e praças.

E por um momento só a realidade presenta-se ligeramente diferente, os meninos fazem das poças mares por onde sulcam barquinhos de papel ou pistas para chapinhar (bom, isso é o que eu fazia); as tonalidades do nosso meio circundante são mais cordiais, e o céu resulta um obséquio para os improváveis espectadores: muito mais azul se é de dia, muito mais estrelado se é de noite.

E assim, neste ânimo, penso na minha vida, nas coisas perdidas e recuperadas, nas que se foram e em aquilas que, como a chuva, sempre regressam. Então, nesta saudade cada vez mais agradável, abro as portas de onde estiver com a finalidade de deixar entrar o cheiro a terra molhada e ar fresco e as vezes escrevo, como estou fazendo agora, enquanto fora da minha janela cai a noite e a chuva não para.

Convite



¡O Quino existe e a Mafaldinha é a profeta dele!



Como eu não tenho dineiro pra imprimir um convite nem um desenho taõ bonito como este, pois entendam-o asi.

¡¡¡¡¡¡¡Os convido a minha festa de cumpleanos!!!!!!! a turma tuda e sus amigos -só que não sejam muitos porfavor- o sábado 8 de otubro depois das 20 horas (oitodanoite pois).

O endereço é: Playa Langosta # 44 Col. Reforma Iztaccíuatl. No meio das ruas Playa Erizo (Domino's pizza) e Plata Icacos (Posto de gasolina). A uma rua paralela da avenida Plutarco E. Calles.
Não percam do barulho!!!!


Cristina

segunda-feira, outubro 3

Com nome e sobrenome!!!!

Oi pessoal!
Mais uma coisinha: quando se registrarem no blog coloquem seu nome e sobrenome para todos sabermos (principalmente eu, o fessor) quem foi que escreveu, tá bom?

Nosso quebra-cabeça pessoal


As vezes me parece que nossa turma é um grande quebra-cabeça onde cada quem representa uma peça única e insubstituível... certo que há peças muito mais chamativas que outras e que temos algumas mais que dão a impressão de não combinar bem ou estar fora de lugar, mas mesmo elas fazem parte de uma paisagem que cada vez aprecio mais, e se faltasse uma só delas sentiría sua falta.

E é que a diária convivência de nossas diferenças (e de nossas eventuais coincidências) tem-me ensinado muitas outras coisas do que eu teria esperado das aulas de português, pois agora sei que a aprendissagem é um processo continuado e partilhado e não a simples e solitária acumulação de dados e conhecimentos.

Por isso, agora que temos este espaço para ser construído conjuntamente, fragmento a fragmento, acho que as minhas chances de aprender de, e com vocês, se acrescentam, e que assim, passo a passo, daremos forma a nosso blog, a este puzzle que pelo momento tem poucas peças, mas que em breve nos permitirá, quiçá, conhecer-nos melhor, e talvez dar um outro olhar a aquilo que não imaginávamos.

Lemo-nos cualquer dia!

domingo, outubro 2

Domingo sem estresse!

Oi galera!

Hoje é domingo 2 de outubro e são 10:15 pm quando eu começo a escrever. Estou com uma dor de cabeça terrível porque ontem fui para a balada e, é claro, fiquei até tarde bebendo né?. Então vocês já devem imaginar como estou me sentindo! Além disso estou com uma coçeira no corpo todo. Mas eu mereço por teimoso. Estou com a coçeira há um tempão e ainda não fui ao médico.

Hoje foi um dia diferente. Decidi não me estressar por causa de ter que chegar à tempo a quaisquer compromisso. Estive com um amigo o dia todo. Desde cedo fomos almoçar juntos para uma pozoleria que fica perto da estação do metrô Lazaro Cardenas, na rua Juan E. Hernández y Dávalos. Gente, vocês não sabem que delicia! Acho que é o melhor pozole na Cidade do México. Vocês têm que experimentar!

Depois ficamos andando pelo centro da cidade, sem pressa nenhuma, sem propósito nenhum. Andamos como um turista que estranha tudo na cidade que visita. No nosso recorrido vimos a passeata que, como todos vocês sabem, acontece neste dia especial a cada ano desde a chacina em Tlatelolco em 1968.

Decidimos tomar um refri no terraço do Sears que está no prédio em frente ao Palacio de Bellas Artes. Não sei se alguém de vocês já esteve lá desde que essa loja foi aberta ao público. Acho que ninguém deveria perder a oportunidade de ir lá e tomar um cafezinho ou um refrigerante enquanto se observa o Palacio e outros prédios interessantes na nossa cidade.

Continuamos nosso recorrido, sem rumo fixo. Simplesmente admirando prédios e entrando em algúns deles, olhando pessoas que passeavam. Quando a fome apertou fomos almoçar frutos do mar num restaurante bastante bem sucedido, porém não caro. Chama-se El canto de las sirenas e fica do otro lado do Circuito Interior onde fica o conhecido boteco La Polar. Nossa! Ainda dá água na boca só de pensar nas delicias que lá preparam.

E continuamos nosso recorrido. Passamos por ruas dessertas e parques lotados. Vimos pessoas que passeavam com seus cachorros, outras que dançavam tango no parque, outras que preferiam ficar nos cafés batendo papo com os amigos. Aí decidimos sentar num café, desses que têm messas na calçada. A tarde era agradável.

Finalmente cheguei à casa, cansado, depois de ter caminhado por horas. Entrei na Internet para ver as minhas mensagens e lá estava o convite para entrar no blog. Achei legal que já estívesse pronto. Então quis colocar minha contribuição para o blog.

Gente, sei que escrever não é fácil, todavía não é imposível. Mas é um exercício que devemos fazer com frequencia para melhorarmos essa habilidade. Então vocês têm este meio para se espressar por escrito, além de nosso diário que continuarão a levar um cada dia.

Tentem escrever o que vocês mais possam. Aquí vocês terão a opinião de seus colegas sobre o que vocês escrevam e, porque não, também retroalimentação que tanto precissamos para podermos fazer melhor uso da língua. Lembrem que os erros que nós não vemos, outros poderão ver, não é?

Então gente, eu espero que todo mundo escreva pelo menos uma vez por semana neste nosso diário eletrônico que, aliás, poderá nos servir para trazer tópicos de interesse para todos para a sala de aula. Lendo o que outros colegas escrevem, talvez possam se inspirar para escrever algo semelhante ou, porque não, até contestar as idéias de alguem na turma!

Bom gente. Por hoje é tudo da minha parte. Já são 11:00 pm e ainda minha cabeça está doendo e essa maldita coçeira não pára. Acho melhor ir dormir!

Seguem os codigos para escrever algumas grafias do português:

Alt + 135 ç
Alt + 0224 à
Alt + 0227 ã
Alt + 0234 ê
Alt + 0244 ô
Alt + 0245 õ

Um abraço para todos!

Arturo

11:15 PM

sexta-feira, setembro 30

Sobre a escrita, sobre a palavra...


Que é que eu posso escrever? Como recomeçar a anotar frases? A palavra é o meu meio de comunicação. Eu só poderia amá-la. Eu jogo com elas como se lançam dados: acaso e fatalidade. A palavra é tão forte que atravessa a barreira do som. Cada palavra é uma idéia. Cada palavra materializa o espírito. Quanto mais palavras eu conheço, mais sou capaz de pensar o meu sentimento. Devemos modelar nossas palavras até se tornarem o mais fino invólucro dos nossos pensamentos. Sempre achei que o traço de um escultor é identificável por um extrema simplicidade de linhas. Todas as palavras que digo - é por esconderem outras palavras.

Clarice Lispector

Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras são para mim corpos tocáveis, sereias visíveis, sensualidades incorporadas. (...) Como todos os grandes apaixonados, gosto da delícia da perda de mim, em que o gozo da entrega se sofre inteiramente. E, assim, muitas vezes, escrevo sem querer pensar, num devaneio externo, deixando que as palavras me façam festas, criança menina ao colo delas. São frases sem sentido, decorrendo mórbidas, numa fluidez de água sentida, esquecer-se de ribeiro em que as ondas se misturam e indefinem, tornando-se sempre outras, sucedendo a si mesmas.

Fernando Pessoa