O sábado antepassado, um velho amigo convidou-me para almoçar na casa dele. E claro que convidou aos nossos outros colegas daquela turma onde todos nos conhecemos. Eu estava emocionado porque é difícil nestes dias poder vê-los. Já sabem como é: os deveres da escola, da casa, com a família, etc. Mas nesta vez eu estava com muita vontade de vê-los. As últimas duas vezes que eles reuniram-se, eu não pude ir. Aconteceu-me a mesma coisa: estava com gripe. Sempre um dia antes (ou dois) ficava doente e não podia chegar. Que raiva! Porém eu desejava que agora fosse diferente. Infelizmente aconteceu de novo: pela terceira vez seguida, um dia antes comecei a sentir-me mal. Mal podia acreditar! Outra vez não poderia vê-los ! Por que sempre me acontece a mesma coisa? Para piorar as coisas, um deles prometeu telefonar para mim para ir-nos, pois eu não me lembrava como chegar à casa do meu amigo. Sabem que aconteceu? Exatamente! Ele nunca telefonou. A hora estava chegando e eu já estava começando a sentir os efeitos da gripe e não estava certo de poder chegar sozinho. Será magia preta? Eu não acredito na magia! Duvidei uns minutinhos...mas foram poucos. Quase sem pensar apanhei minhas coisas e fui embora. A viagem foi longa, o calor era horrível, e não tinha certeza se ia chegar. Mas depois duma hora e meia, reconheci alguns logos e algumas ruas (a única vez que fui foi há quatro anos). Depois caminhei uns minutinhos e ...voilà! A porta preta da que eu me lembrava. Uns instantes depois o meu amigo estava saudando-me. Tinha conseguido chegar! Alguns minutos depois, chegaram outros amigos, entre eles aquele quem não me telefonou, mas acontece que ele ligou depois de que eu fora embora. Já não importava. O importante era estar juntos outra vez. Depois de almoçar passamos várias horas conversando. Os temas? Inúmeros. As mudanças da vida, as viagens que fizemos, as pessoas que conhecemos, situações engraçadas que vivemos e sobre tudo, as típicas piadas que só entre amigos de muito tempo podem-se fazer. Os sorrisos foram os primeiros em chegar. Depois eram grandes risos que acho não eram agradáveis para os vizinhos. O mais lindo de tudo, foi que de repente, eu já não estava doente, nem cansado da viagem. Era quase incrível... magia? Não, não acredito nela. Mas por um momento, já não era um dia de janeiro do 2006: era uma tarde qualquer, há dez anos, quando costumávamos passar o dia juntos depois da escola..
Voltando à minha casa, ia pensando que sem percebê-lo, eu já estava curado e com muita energia, ainda que tivesse sido um dia longo. Nesse momento percebi que a magia existe. Nasce dentro dos nossos corações e só espera uma pequena ajuda dum sentimento forte (amizade, amor, generosidade, etc.) para sair e fazer coisas pequenas (mas maravilhosas), embora não acreditemos nela.
Voltando à minha casa, ia pensando que sem percebê-lo, eu já estava curado e com muita energia, ainda que tivesse sido um dia longo. Nesse momento percebi que a magia existe. Nasce dentro dos nossos corações e só espera uma pequena ajuda dum sentimento forte (amizade, amor, generosidade, etc.) para sair e fazer coisas pequenas (mas maravilhosas), embora não acreditemos nela.