
Oi galera!, eu quis escrever alguma coisa para vocês com pretexto do Dia dos Mortos. Sei que não se acostumam as “caveirinhas” em português, mas, como este blog é para fazer o que a gente quiser com ele, atrever-me-ei.
Gostaria de ter redigido algo para cada um da turma, mais como há alguns companheiros com os quais não tenho conversado ainda, foi impossível saber que escrever sobre eles.
Espero gostem, e se não gostam, espero desculpem o atrevimento de fazer de vocês os protagonistas desta postagem.
Sandra
A morte invejosa da Sandra
pelos caracóis nos cabelos
um dia de céus amarelos
disse-lhe a caveira malandra.
Porque não comparte comigo
a sua cabeleira frisada
e eu, que me chamam de “ossada”
não serei pra você um perigo.
A Sandra responde zangada
por tais atrevimentos:
“vá embora, aos enterramentos
que eu pra você não dou nada!”
Arturo
O Arturo não entendia
o que acontecia no CELE,
eram menos cada dia
os alunos que iam com ele.
O negócio era que a morte,
se levava aos estudantes
e aos que tivessem a sorte
de tropeçar com ela antes.
Um bom dia a caveira,
ao Arturo, ao céu, se o leva,
para que ali, aos alunos,
os obrigue a fazer a tarefa.
Cristina
Um dia a Cristina quis
intervistar ao São-Pedro
que está no céu feliz
numa cadeira de cedro.
A Cristina lhe perguntava
como combater o mal
pois sabê-lo precisava
para escrever no jornal.
O São-Pedro respondiu
que de isso nada sabia
mais que ela podia tentar
do riso fazer terapia.
Carina
A morte tinha dor de cabeça
e procurou uma aspirina
e alí nossa história começa
pois encontrou a Carina.
Porque não deve vir comigo?,
perguntou-lhe a “ossuda”,
mas saiba que terá castigo
se a sua imaginação não lhe ajuda.
Respondeu, mas, coitadinha!,
se foi a tão curta idade,
pois esta vez a Carina
faltou-lhe criatividade.
Enio
A morte seguia opinando
que o Enio fiz uma loucura
quando pela filologia
deixou a arquitetura.
E se o levou pra obriga-lo
a estudar com os geométras
mas lá não desenha planos
pois ele só gosta das letras.
Rodrigo
A morte chegou por Rodrigo
era um dia qualquer
e lhe disse “venha comigo,
mas eu lhe darei a escolher.”
Ao céu ou ao inferno
é que você quer ir?
“Eu em isso não creio,
se o vou a repetir.”
Rodrigo diz sem padecer:
“não acredito nem o Papa
e se você dá a escolher
melhor volto pra Jalapa.”
Salvador
A ossuda buscava e buscava,
e ainda não descobria,
onde é que se ocultava,
o Salvador da Bahia.
Pela Venezuela indagou,
por quase todo um ano,
pois ela nunca escutou,
que ele já é mexicano.
Nancy
A Nancy se foi uma noite
quando nascia a alvorada
pois agora queria a morte
ter uma menina calada.
Emmanuel
No Universum passeava a morte
quando avistou ao Emmanuel,
mas com ele não quis ser cruel
pois a ajudou a achar transporte.
A idéia da morte era errada
e arrependiu-se a ossuda,
pois sozinha estaria a tartaruga,
essa que chamam “Tostada”
Marquinhos
A Morte aborrecida
de ler sempre o mismo
quis buscar uma saída
ao seu habitual pessimismo.
E procurando a novidade
foi assim pelo Marquinhos
quem por toda a eternidade
desenharia-lhe quadrinhos.
Leticia
A Leticia trabalhar desejava
numa afastada embaixada,
a sua carreira queria lhe dar
por fim uma boa puxada.
No céu, com abnegação,
está arreglando assuntos
que têm com a migração
os mexicanos defuntos.
Itzia e Silvia
A morte passou pela Silvia
mais ela não estava sozinha
pois lá ficava com Itzia,
arrumando uma cozinha.
(E diz a morte:)
“De todas suas atividades
as meninas têm tantas conjuntas
que levarei as duas comigo
pra que vocês sigam juntas.”
2 comentários:
Muita criatividade, sério!
Você deveria pensar em oferecer um curso de criatividade! Você sabe que um cliente já tem né?
Omar, adorei as calaveirinhas, na verdade não sei cómo é que você pode fazer tudo isso.
Obrigada pela minha, gostei muito.
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