sexta-feira, junho 30

O porquinho-mealheiro


Quem pegou aulas com João Martim sabe que ele sempre traz um cofre em forma de porquinho onde a gente, cada vez que tem erros na pronúncia ou deixa soar o celular no meio da clase, deve depositar uma moeda, ou pelo menos as coisas eram assim não faz muito tempo, mais não mais, e agora eu vou me remontar alguns meses atrás e lhes platicarei porque.

Quando o semestre começou nós caimos em conta de que o professor João Martim era um homem de rotinas: quando chegava o primeiro que fazia era arrumar a sua secretária e depois tirava do seu saco um porco (magro e cor de rosa), o colocava na mesa e esperava que nós dissésemos alguma barbaridade para obrigarnos a pôr uma moeda na pequena ranhura que o porquinho tinha nas suas costas.

O assunto era muito simples: um erro significava uma moeda e errar convirtiu-se num perigo para a nossa economia, pelo menos para a minha. Acho que, se o professor se desesperava com a nossa carência de habilidade para falar português, o porquinho-mealheiro era feliz porque os erros eram muitos e as moedas eram demais... tenho que dizer que em mais de uma ocasião eu fiquei mesmo sem os dois pesos necessários para o meu bilhete de metrô e tive de voltar caminhando para a casa.

O porquinho-mealheiro me adorava porque eu era o seu cliente mais constante, e estou seguro que as vezes ele dava pulos de felicidade quando eu errava e pensava “obrigado Omar, espero que a sua pronuncia não amelhiore nunca”, e depois se afastava trotando ao tempo que na sua barriga as moedas chocalavam alegremente.

Os dias passaram assim até que todo mundo caiu em conta de que o porquinho-mealheiro estava muito gordo e pesado. Então eu perguntei para o João Martim que que fariamos com o porquinho e o seu perigoso estado de obesidade, e ele respondeu que, no fim de curso, nós quebrariamos o porco e comprariamos um almoço para celebrar... enquanto o porquinho ouviu a palabra “almoço” ficou muito espantado e caiu desmaiado.

Na aula seguinte o porquinho, para baixar de peso, começou a soprarme a maneira correta de dizer os ditongos nasais e me insistia que não pronunciasse a letra “m” no final de uma palavra, todo com a intenção de que não metêssemos nada na ranhura das suas costas, mas não deu certo porque em mim, errar é uma segunda natureça.

O curso estava por finalizar e, o porquinho-mealheiro, por mais que fazia dieta, via como a sua barriga, cheia de moedas, aumentava mais e mais, e se lamentava de que em breve sería o almoço da turma. Como eu vi que o porquinho estava muito triste e coinchava com amargura pelo seu destino, eu falei com o João Martim e pedi para ele que não quebrasse o porco, que isso não era justo. Finalmente o professor aceitou, e me o deu dizendo que no sucessivo eu devia cuidar do porquinho, que ele não estava interessado num cofre que não podía ser quebrado... É certo, eu salvei ao porquinho, mas nós ficamos sem almoço e sem festa de fim de cursos, e por isso eu escrivo para vocês agora, para lhes invitar a que façamos um convívio, porque esse que tínhamos pronto não deu certo pelas razões que vocês agora já conhecem..

Eu já economizei algum dinheiro, não é tanto como o que havía na barriga do meu amigo, mas acho que se todos cooperamos podemos juntar as duas turmas de sexto nível e fazer uma reunião muito legal e, se vocês prometem ser bem portados e não tentar quebrá-lo, podería ser que eu até leve ao porquinho para que o conheçam, mais por favor (como eu me equivoco muito, e a cada erro eu ponho uma moeda nas suas costas) não lhe digam que está gordo, porque ele é muito vaidoso e suscetível.

PD: O meu propósito de fazer uma festa é sincero, eu quisera que nós tivéssemos uma reunião para celebrar o fim de cursos. Tomara que isso dê certo.

terça-feira, junho 27

As aulas acabaram

Depois de ler os comentários do Omar, finalmente cai na conta de que já acabamos as aulas de português. Não teremos mais aulas! Que triste! Não tinha percebido isso! Acho que já estava muito costumado a que sempre tínhamos um novo semestre depois do último. Para mim já era costume ir para as aulas, sempre de 2 às 3 (pelo menos desde segundo nível até o sexto). E pensar nisto é lembrar-me de todas as dificuldades que eu sempre tinha para chegar cedo, as vezes sem almoçar, as vezes logo depois de almoçar e tentando de não dormir na aula, deixando que meus amigos fossem almorçar sem mim porque eles iam a essa hora, etc. E pensar que já passaram 3 anos! Eu ainda me lembro do dia em que fiz a inscrição. Nunca imaginei que ficaria até o sexto nível. Eu sempre acreditei que largaria o curso no terceiro, ou quarto talvez. Não sei porquê. Acho que foi porque para mim era muito dificil ir ao português e ao mesmo tempo fazer o mestrado. Na verdade foi muito dificil. Acho que todos nós tivemos muitas dificuldades para seguir nas aulas, cada um sabe as coisas que fez para não largar o curso . Mas além das dificuldades, acho que é lindo ter conhecido gente tão valiosa como vocês, e não só vocês, também outros colegas que infelizmente já não vejo, ou que largaram o curso. Não posso listar a todos pois não gostaria de esquecer alguém, mas eu sempre encontrei pessoas muito valiosas nas aulas e sinto-me afortunado de tê-los conhecido Felizmente eu fiz muitos amigos e acredito que (e gostaria muito de) nós seguiremos vendo, embora os cursos tinham acabado. E não sómente posso falar dos meus colegas, também os meus professores: Juan Martín, Jane e Arturo (em ordem de aparição). A todos eles devo agradecer pela paciência quase infinita que tiveram comigo (sempre fui um pessimo estudente). Enfim, acho que estou me tornando nostálgico demais e isto não deve ser uma despedida, só um até logo. E na verdade, se vocês seguirem escrevendo no blog, nunca estaremos desligados. Acho que agora, mais que nunca, o BLOG pode servir como uma maneira de comunicar-nos e uma valiosa ferramenta para praticar esta lingua tão linda que, na verdade, nunca terminaremos de aprender. Falando nisto, aproveito para dar a bem-vinda a três novas colegas ao nosso blog. Uma delas já escreveu, a Ana Tema, que nestes dias tem estado um pouco doente e esperamos que se cure rapidamente. E as novas duas colegas, a Ivete e a Edith, que são minhas grandes amigas e que infelizmente tiveram de largar o curso há um ano (para aqueles que leram o diário da turma 502, elas são as meninas que acompanham ao Marquinhos dos Quadrinhos na história em quadrinhos que desenhei). Espero que possamos ler as suas contribuções já logo. E tomara que este blog siga existendo. Com esta postagem, hoje celebramos 100 postagens, oxalá vocês sigam contibuindo e cheguemos pelo menos a outras cem.
Tá bom, gente. Não digo adeus, mas até logo. Obrigado por todos os momentos que vivi com vocês no CELE e espero vivamos mais.
A gente se vê, se fala e se lê!

domingo, junho 25

A ilusão não tem limite p.2

Sigue! Sigue Ampa! – gritava o coach.
Ampa pressionava a uma contrária tentando de obter a bola, mas as bonecas voodoo tinham o control dela. As zagueiras passavam-se a e não a prestavam, esperando rematar às ilusas com um contra-ataque.
Dianita ! Corre! - gritava o Coach já um pouco nervoso, mas tentando de não transmitir o seu nervosismo às meninas. Dianita corria, mas as bonecas "escondiam" a bola.
Finalmente, Ampa consegue que uma zaqueira saque a bola pela linha do fundo. O árbitro assinala o canto. Ampa pontapea a bola para a grande área. Menita pula e consegue rematar com a cabeça, mas a goleira detem a bola. E comença o contra-ataque! Passa rapido a bola para uma zagueira que passa logo para a unica atacante perto da meta das ilusas. Todas elas tinham ido ao canto e agora correm para voltar defender. Solo Miry tinha ficado para ajudar a Kalakita. Miry detem à atacante, mas solo um momento, pois a segunda consegue passar a bola para outra boneca. Kalakita sai para cerrar o ângulo de tiro ao tempo que a atacante pontapea! Kalakita não alcança a deter a bola! A bola va direito à meta e...!

sexta-feira, junho 23

Quadrilha não só é de criminosos!

Oi pessoal! Depois das pressas nas que vivi devido à minha participação na quadrilha e ao fim de semestre, agora volto para falar com mais calma com vocês. Já dançamos e nos divertimos com a quadrilha, mas exatamente o que é uma quadrilha? Porque o termo pode ter pelo menos dois significados diversos. Aqui está o que eu consultei, segundo o meu Aurélio (acho que este dicionário que tenho não e tão mau como o de Omar):

Quadrilha. Sf.
1.Bando de ladrões ou malfeitores
2.Contradança de salão que forma figuras

Não sei se alguém ficou pensando que íamos tormar-nos criminosos quando escrevi que íamos fazer uma quadrilha. Pois não, podem ficar tranquilos. Eu queria dizer que a gente ia dançar. Mais outra pergunta: Por que os brasileiros a dançam? Aqui o que eu pesquisei:

A dança da Quadrilha é o ponto colminante das festas juninas, assim que primeiro devemos conhecer o que são estas festas. Acontece que a origem delas ocorreu nos paises católicos europeus, onde as pessoas homenageavam a São João (24 de junho), daqui o nome original, festas joaninas, que depois tornou-se juninas pelo mes de junho e porque a festança incluiu dois santos mais: Santo Antônio (13 de junho) e São Pedro (29 de junho). A festa foi introduzida pelos portugeses no Brasil e popularizou-se.

A quadrilha teve sua origem na Inglaterra (séculos XIII e XIV) e daí passou à França, onde tornou-se uma dança da nobreza, dançada em muitas cortes da Europa. Assim foi trazida ao Brasil pelos membros da Corte portuguesa (s. XIX), gostando muito ao povo, que acabou adotando-a. Assim, a quadrilha tornou-se uma dança tipica dos caipiras e além de celebrar aos santos juninos, serve para agradecer pelas boas colheitas na roça.

Na quadrilha participam um numero par de casais, representa um casamento e é comandada por um marcador, que diz os comandos, orientando aos casais. Ao final da dança, no lugar onde se faz a festa junina, se dá aos participantes comida feita de milho, seguindo a tradição e se faz uma decoração com bandeirolas de cores.

Tá bom , gente. Tomara que tinham gostado destas informações. Aqui uns links para vocês saber mais. A gente se vê!

http://www.brasilfolclore.hpg.ig.com.br/quadrilha.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Festa_junina

http://www.aticaeducacional.com.br/htdocs/secoes/festas.aspx?cod=281

quinta-feira, junho 15

Festa Junina no CELE!


Oi pessoal! Eu acho que a maioria de vocês já sabe, mas para aqueles que vivam em outro planeta, eu quero-lhes avisar que na proxima Sexta-Feira, realizará-se uma festa junina no CELE, a partir das 13:00hrs. Espero ver muita gente là. Tomara que possam ir. Muitos dos membros deste BLOG participarão numa quadrilha, pelo qual acho que será divertido. Vamos dançar, gente, e formar a grande roda!!
A gente se vê!

sábado, junho 10

A ilusão não tem limite p.1

-Vamos Ilusas!!!! Vamos meninas!!!! - Gritava Ampa. A atacante estréia do time. Em quem sempre podíamos confiar para um conseguir um gol.

A situação era critica. Era o meio tempo e as Bonecas Voodoo estavam ganhando por um gol. Menita sentia-se culpável. Como goleira tinha uma grande responsabilidade com o time e praticamente o gol tinha sido um gol contra quando ela tentava de desviar a bola lançada pela atacante contrária.

-Tudo bem Menita! O gol não foi culpa de você! – dizia Vero, ao tempo que a abraçava. Mas Menita precissava dirigir essa energia. Quero jogar como atacante! - Pediu esperançada para o Coach. Ele sabia o que Menita sentia. Kalaka! Você será a goleira – falou sem hesitar. Kalakita sabia que não era uma boa idéia ser a guarda-redes, mas era única solução. Tudo bem, só espero sair com vida!- falou engraçadamente Kalakita. Não se preocupe, eu estarei perto para ajudar você - disse uma muito cansada Miry. Uma dor na perna tinha-lhe impedido treinar, mas não jogar neste importante jogo. Você está certa de poder continuar? - perguntou preocupadamente Vero. A face da Miry disse tudo. Como poderia deixar as suas amigas naquele momento, quando mais precisavam dela?

Nesse momento o árbitro chamou aos times para continuar o jogo. As seis meninas voltaram ao campo. A segunda metade da partida ia começar e as Ilusas ainda não queriam terminar a sua participação no torneio.